247 – A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação Slim, que desmontou uma quadrilha especializada na fabricação, fracionamento e venda clandestina de tirzepatida — substância usada em medicamentos como o Mounjaro, indicado para diabetes e perda de peso.
As informações foram divulgadas pela Agência Brasil. Segundo a PF, o grupo atuava sem qualquer controle sanitário, colocando consumidores em risco com produtos sem garantia de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade.
<h2>Estrutura ilegal operava como indústria farmacêutica clandestina</h2>
A investigação apontou que a quadrilha mantinha um esquema organizado para produzir e distribuir o composto.
Em nota, a PF destacou: “A investigação identificou que o grupo mantinha estrutura de fabricação em condições incompatíveis com padrões sanitários, realizando envase, rotulagem e distribuição do produto de forma irregular. Foram encontrados indícios de produção em série em escala industrial, prática não permitida no âmbito da manipulação magistral autorizada pela legislação vigente”.
A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. As ações ocorreram em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e residências ligadas aos investigados.
Nos endereços, os agentes encontraram joias, carros de luxo e até um jatinho, indícios de alto lucro obtido com a atividade criminosa.
<h2>Comércio ilegal pela internet tinha até estratégia de marketing digital</h2>
As investigações revelaram também que o produto clandestino era vendido online, com campanhas e ferramentas profissionais de marketing digital para impulsionar as vendas.
Em nova manifestação, a PF afirmou: “As medidas cumpridas hoje visam interromper a atividade ilícita, identificar os responsáveis pela cadeia de produção e distribuição e recolher documentos, equipamentos e insumos que auxiliem na análise laboratorial e perícia técnica dos materiais apreendidos”.
<h2>Operação contou com apoio de órgãos de vigilância sanitária</h2>
A ação teve suporte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das Vigilâncias Sanitárias dos estados de São Paulo, Bahia e Pernambuco, reforçando a gravidade do caso e o risco à saúde pública.
<h2>Operação Slim revela estrutura industrial ilegal de tirzepatida, com joias, carros de luxo e até jatinho apreendidos</h2>
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação Slim, que desmontou uma quadrilha especializada na fabricação, fracionamento e venda clandestina de tirzepatida — substância usada em medicamentos como o Mounjaro, indicado para diabetes e perda de peso.
As informações foram divulgadas pela Agência Brasil. Segundo a PF, o grupo atuava sem qualquer controle sanitário, colocando consumidores em risco com produtos sem garantia de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade.
<h2>Estrutura ilegal operava como indústria farmacêutica clandestina</h2>
A investigação apontou que a quadrilha mantinha um esquema organizado para produzir e distribuir o composto. Em nota, a PF destacou: “A investigação identificou que o grupo mantinha estrutura de fabricação em condições incompatíveis com padrões sanitários, realizando envase, rotulagem e distribuição do produto de forma irregular. Foram encontrados indícios de produção em série em escala industrial, prática não permitida no âmbito da manipulação magistral autorizada pela legislação vigente”.
A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. As ações ocorreram em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e residências ligadas aos investigados.
Nos endereços, os agentes encontraram joias, carros de luxo e até um jatinho, indícios de alto lucro obtido com a atividade criminosa.
<h2>Comércio ilegal pela internet tinha até estratégia de marketing digital</h2>
As investigações revelaram também que o produto clandestino era vendido online, com campanhas e ferramentas profissionais de marketing digital para impulsionar as vendas.
Em nova manifestação, a PF afirmou: “As medidas cumpridas hoje visam interromper a atividade ilícita, identificar os responsáveis pela cadeia de produção e distribuição e recolher documentos, equipamentos e insumos que auxiliem na análise laboratorial e perícia técnica dos materiais apreendidos”.
<h2>Operação contou com apoio de órgãos de vigilância sanitária</h2>
A ação teve suporte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das Vigilâncias Sanitárias dos estados de São Paulo, Bahia e Pernambuco, reforçando a gravidade do caso e o risco à saúde pública.
<h3> </h3>

Redação Brasil 247

original

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Brasil

PF desarticula quadrilha que vendia canetas emagrecedoras clandestinas

247 - O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, determinou que diplomatas dos Estados Unidos passem a considerar a obesidade e outras doenças crônicas, como possíveis motivos para rejeitar estrangeiros que pedirem vistos. Foi o que apontou um comunicado interno obtido pelo <a href="https://www.politico.com/news/2025/11/13/rubios-diplomats-to-consider-obesity-as-cause-for-rejecting-visas-00650810?nid=00000170-c000-da87-af78-e185fa700000&amp;nname=politico-nightly&amp;nrid=0000014e-f114-dd93-ad7f-f915a7b80000">POLITICO</a>.
A norma representa uma interpretação mais rigorosa da regra federal conhecida como “public charge”. A lei impede a entrada de futuros imigrantes que possam se tornar dependentes de assistência pública, como o Supplemental Security Income ou recursos do Temporary Assistance for Needy Families.
“O princípio da autossuficiência sempre fez parte da política imigratória dos EUA, e o fundamento de inadmissibilidade por ser um ‘encargo público’ integra nossas leis há mais de um século”, afirma o documento datado de 6 de novembro.
Porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly comentou sobre a iniciativa do governo Donald Trump (EUA). “Há 100 anos, a política do Departamento de Estado prevê a possibilidade de negar vistos a candidatos que representem um custo financeiro aos contribuintes, incluindo pessoas que busquem cuidados médicos financiados pelo governo e que possam pressionar ainda mais os recursos de saúde destinados aos americanos”, afirmou. 
“A administração do presidente [Donald] Trump está finalmente aplicando plenamente essa política e colocando os americanos em primeiro lugar”, complementou. 
<h2>Estatísticas da imigração</h2>
O atual governo do presidente Donald Trump tornou mais rigorosas as regras para a permanência de imigrantes nos EUA. A posse dele ocorreu em 20 de janeiro.
Números divulgados pelo Pew Research Center em 22 de agosto apontaram que, entre janeiro e junho, a população estrangeira residente nos EUA diminuiu em quase 1,5 milhão. O país tinha 51,9 milhões de imigrantes em junho, contra 53,3 milhões seis meses antes.

Leonardo Lucena

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 16/07/2025

360x640

Mundo

Rubio: vistos dos EUA podem ser negados por obesidade, câncer e diabetes

247 – A obesidade, assim como a fome, é uma questão social que afeta de maneira desigual a população mais vulnerável no Brasil. Diante desse cenário, o Governo Federal instituiu a Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade, com o objetivo de conter o aumento da doença entre adultos e reduzir sua incidência entre crianças e adolescentes.&nbsp;
O Decreto nº 12.680 foi publicado nesta terça-feira (21), no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Gov, via Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
<h2>Compromisso com a segurança alimentar</h2>
Para Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, o decreto chega em um momento simbólico.
<blockquote>&nbsp;“No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, o decreto que institui a nova Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade fortalece o compromisso do Governo do Brasil com a redução da insegurança alimentar e nutricional e todas as formas de má nutrição”, afirmou.</blockquote>
A iniciativa reconhece que a obesidade não é apenas resultado de escolhas individuais, mas de fatores sociais estruturais, como desigualdade de renda e de escolaridade, publicidade de alimentos ultraprocessados, estigmas sociais, racismo estrutural e políticas urbanas que dificultam a mobilidade e incentivam o sedentarismo.
<h2>Desertos alimentares e desigualdade</h2>
O documento destaca ainda o impacto dos “desertos e pântanos alimentares” — regiões com pouco ou nenhum acesso a alimentos saudáveis — como um dos principais fatores para o aumento da obesidade em áreas vulneráveis. Essas condições, segundo o MDS, comprometem diretamente a segurança alimentar e nutricional da população.
Rahal enfatizou que a obesidade é mais um reflexo das desigualdades históricas do país:
<blockquote>&nbsp;“Da mesma forma que a fome é fruto da desigualdade social e econômica, a obesidade atinge, de forma desigual, a população mais vulnerabilizada. Por esse motivo, o caminho para enfrentar esse tema envolve a integração e a articulação de vários setores de governo e da sociedade em torno de políticas públicas voltadas à garantia de ambientes alimentares saudáveis e à promoção do direito humano à alimentação adequada.”</blockquote>
<h2>Ações previstas na estratégia</h2>
A nova Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade prevê ações voltadas à educação alimentar, incentivo à atividade física, fomento ao esporte e lazer, e promoção de mobilidade urbana sustentável. O plano também inclui medidas para ampliar o acesso à produção e ao consumo de alimentos saudáveis, além de campanhas de conscientização sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados.
A coordenação da iniciativa é da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), sob o mote “Obesidade como uma questão social e interseccional”.
<h2>O mapa da obesidade no Brasil</h2>
Segundo dados da World Obesity Federation, em 2022 o Brasil ocupava a 54ª posição no ranking global de obesidade infantil. Mantidas as tendências atuais, mais da metade das crianças e adolescentes brasileiros poderá ter excesso de peso até 2035.
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), realizado em 2019, mostrou que 10,1% das crianças brasileiras com menos de cinco anos estavam com excesso de peso, e 3% eram obesas. A faixa etária de 12 a 23 meses apresentou a maior prevalência (13,7%).
Outro dado relevante vem da Pesquisa Nacional de Saúde e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF): entre as mulheres, as que se autodeclararam negras apresentaram maiores índices de excesso de peso (58,8%) e obesidade (24,5%) do que as mulheres brancas. Mesmo entre aquelas com renda superior a um salário mínimo, as diferenças persistem — 59,2% das mulheres negras apresentaram excesso de peso, contra 53,3% das brancas.
<h2>Compromisso com o futuro</h2>
Com a nova estratégia, o governo busca reverter o avanço da obesidade e reafirmar o compromisso do Brasil com a promoção da saúde, da equidade e da justiça social. O enfrentamento do problema, segundo o MDS, depende da cooperação entre ministérios, estados, municípios e sociedade civil.

Saúde

Governo lança estratégia intersetorial para combater obesidade no Brasil

247 – Um novo estudo clínico mostrou que a versão em comprimido do Wegovy, medicamento contra obesidade desenvolvido pela Novo Nordisk, pode levar a uma perda média de 16,6% do peso corporal em adultos com sobrepeso ou obesidade. A informação foi publicada pelo Notícia Brasil, citando os resultados divulgados nesta semana.
De acordo com a pesquisa, o tratamento com a formulação oral de semaglutida — o princípio ativo do Wegovy — apresentou eficácia próxima à da versão injetável, já aprovada em diversos países e largamente utilizada. Os participantes que tomaram o comprimido diariamente obtiveram uma redução significativa do peso em comparação com o grupo placebo, reforçando o potencial da nova alternativa terapêutica.
<h2>Uma nova fase no combate à obesidade</h2>
A obesidade é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a chegada de tratamentos eficazes em diferentes formatos amplia as possibilidades de adesão. Especialistas avaliam que a versão em comprimido pode atrair pacientes que têm resistência ou dificuldades com a aplicação subcutânea.
O estudo também destacou benefícios adicionais do medicamento oral, como melhor controle dos níveis de glicose no sangue, o que abre espaço para o uso em pacientes com pré-diabetes ou diabetes tipo 2. Segundo os pesquisadores, a perda de peso consistente observada confirma o impacto do Wegovy como uma das terapias mais eficazes disponíveis atualmente.
<h2>Mercado em expansão e desafios</h2>
Com a alta demanda global por tratamentos contra obesidade, o lançamento da versão oral do Wegovy deve aumentar ainda mais o alcance do medicamento. A Novo Nordisk já lidera o setor com o Ozempic e o Wegovy injetável, e aposta na conveniência do comprimido para ampliar a base de usuários.
Por outro lado, médicos alertam para a necessidade de acompanhamento clínico rigoroso. O uso da semaglutida pode causar efeitos colaterais, como náuseas e desconforto gastrointestinal, especialmente no início do tratamento. Ainda assim, os benefícios superam os riscos na maioria dos casos, segundo a avaliação preliminar do estudo.
<h2>Perspectivas para o futuro</h2>
A expectativa é que a versão oral do Wegovy seja submetida às agências regulatórias ainda neste ano. Caso aprovada, poderá representar um marco no tratamento da obesidade, oferecendo uma alternativa mais prática e acessível para milhões de pessoas.
Especialistas afirmam que a combinação entre medicamentos inovadores, mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico será essencial para enfrentar a epidemia de obesidade. O novo comprimido pode, portanto, consolidar uma revolução no cuidado com a saúde metabólica.

Combinação de imagens mostra Zepbound e Wegovy


Geral

Wegovy em comprimido mostra perda média de 16,6% do peso em novo estudo

247 – Pesquisas recentes indicam que medicamentos antiobesidade da classe dos agonistas de GLP-1, como o sémaglutide — princípio ativo do Ozempic —, podem provocar não apenas a perda de gordura corporal, mas também a redução da massa muscular e o encolhimento de alguns órgãos. A informação foi divulgada pelo <a href="https://sante.lefigaro.fr/medecine/medicaments-anti-obesite-des-recherches-montrent-plusieurs-effets-sur-la-masse-musculaire-20250809">jornal francês Le Figaro</a>, que destaca que esses efeitos colaterais ainda não são totalmente compreendidos pela comunidade científica.
O Ozempic ganhou notoriedade mundial após seu uso extrapolar o tratamento do diabetes tipo 2, para o qual foi originalmente indicado, e se popularizar como uma solução de emagrecimento rápido. A visibilidade aumentou com episódios midiáticos, como a foto publicada por Elon Musk no fim de 2024, na qual aparecia mais magro vestido de Papai Noel, acompanhada da legenda “Ozempic Santa”.
Segundo a reportagem, estudos aprofundados em animais mostram que a perda de massa muscular causada pelo medicamento não é uniforme, atingindo diferentes grupos musculares de maneiras variadas. Além disso, a redução no tamanho de determinados órgãos levanta preocupações sobre os impactos a longo prazo na saúde dos pacientes.
Em junho, a Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM), na França, ampliou as condições de prescrição da semaglutida. Agora, médicos generalistas podem receitar o fármaco, e o índice de massa corporal (IMC) mínimo para elegibilidade caiu de 35 para 27 kg/m² — o que corresponde, por exemplo, a cerca de 88 kg para uma pessoa de 1,80 m de altura. Essa mudança amplia consideravelmente o número de pacientes com acesso ao tratamento.
Apesar dos resultados impressionantes na perda de peso, especialistas alertam para a necessidade de avaliar o equilíbrio entre benefícios e riscos, especialmente quando se trata de preservar a massa muscular, fundamental para o metabolismo, a mobilidade e a qualidade de vida. Como ressalta a publicação do Le Figaro, compreender melhor esses efeitos será essencial para definir protocolos de acompanhamento e suplementação adequados para quem utiliza esses medicamentos.

Medicamentos antiobesidade podem reduzir massa muscular e afetar órgãos, apontam estudos

247 – A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk divulgou nesta sexta-feira (20) os resultados completos de testes iniciais com o Amycretin, seu novo medicamento experimental para perda de peso. De acordo com <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/06/20/medicamento-experimental-da-novo-nordisk-resulta-em-at-24-pontos-percentuais-de-perda-de-peso.ghtml">reportagem do Valor Econômico</a>, a substância apresentou reduções de até 24,3% no peso corporal de pacientes com sobrepeso ou obesidade, sem diabetes. Os dados foram apresentados na reunião anual da Associação Americana de Diabetes, realizada em Chicago, e publicados simultaneamente na revista científica The Lancet.
O Amycretin atua de forma dupla: assim como o Wegovy (já comercializado pela empresa), ele simula a ação do GLP-1, hormônio intestinal que induz saciedade, mas também estimula receptores de amilina, um hormônio pancreático que inibe o apetite. Essa combinação levou à perda de peso significativa em diferentes dosagens. Em um regime semanal de injeções, pacientes que receberam 20 miligramas perderam em média 22% do peso após 36 semanas. Com doses de 60 miligramas, a perda chegou a 24,3%.
Segundo Martin Holst Lange, chefe de desenvolvimento da Novo Nordisk, “o programa de fase 3 do Amycretin começará em 2026 e será realizado ao longo de alguns anos”. Só então o processo de aprovação regulatória poderá ser iniciado. O executivo reforçou que tanto a versão injetável quanto a oral do medicamento apresentam perfis de segurança semelhantes aos de outros produtos recentes da classe, com efeitos colaterais majoritariamente gastrointestinais.
A versão oral foi testada com doses diárias crescentes, de 3 até 100 miligramas. Os pacientes que receberam 50 miligramas durante 12 semanas perderam, em média, 10,4% do peso corporal. Já os que chegaram à dose máxima perderam 13,1%. Um dado relevante, segundo a empresa, é que a perda de peso não atingiu um platô, sugerindo que tratamentos mais longos podem resultar em reduções ainda maiores.
Em comentário publicado na Lancet, os especialistas Tricia Tan, professora de medicina metabólica e endocrinologia no Imperial College London, e o endocrinologista Bernard Khoo destacaram que “embora uma perda de peso adicional seja bem-vinda e útil, nosso conceito em evolução de manejo da obesidade agora se concentra na redução dos riscos e encargos de doenças cardiovasculares e outras comorbidades”. Ambos ressaltaram a necessidade de estudos comparativos entre o Amycretin e medicamentos consagrados como o Ozempic para avaliar com precisão seu papel terapêutico.
O avanço do Amycretin ocorre em meio a uma corrida global por tratamentos eficazes contra a obesidade, condição que afeta bilhões de pessoas e está ligada ao aumento da incidência de doenças crônicas. A Novo Nordisk, com o sucesso do Ozempic e do Wegovy, lidera esse mercado — e aposta agora na combinação hormonal do novo medicamento para consolidar sua posição.
A expectativa é de que os testes em estágio avançado comecem no primeiro trimestre de 2026. Até lá, o Amycretin continua sob avaliação, mas os resultados preliminares indicam um forte potencial para redefinir os paradigmas do tratamento da obesidade.

Medicamento experimental da Novo Nordisk reduz até 24% do peso corporal

Por Guilherme Paladino, de Pequim, para o 247 - A China divulgou neste sábado (24) novas diretrizes alimentares com o objetivo de promover hábitos mais saudáveis e conter o avanço da obesidade no país. O documento, publicado pelo Comitê Nacional de Nutrição e Saúde, foca em três categorias essenciais de alimentos: vegetais e frutas, grãos integrais e produtos aquáticos.
Segundo os novos parâmetros, adultos devem consumir pelo menos 300 gramas de vegetais frescos diariamente, sendo que vegetais de cores escuras — como espinafre, brócolis e acelga roxa — devem representar mais da metade desse total. O consumo diário recomendado de frutas frescas varia entre 200 e 350 gramas.
O texto alerta que frutas e vegetais não devem ser considerados intercambiáveis, já que oferecem nutrientes diferentes e complementares. Juntos, são essenciais para uma dieta equilibrada.
Além disso, os grãos integrais, como arroz integral, aveia, quinoa e trigo integral, foram destacados como fontes fundamentais de fibras, vitaminas do complexo B e minerais. A recomendação é que adultos consumam de 50 a 100 gramas por dia, incluindo ao menos uma refeição diária com esse tipo de alimento.
O incentivo ao consumo de produtos aquáticos também foi reforçado. Peixes gordurosos como salmão, enguia e cavala são apontados como ricos em DHA, EPA e vitaminas A e D. Algas como kelp e wakame fornecem iodo, vitamina K e folato, enquanto moluscos e crustáceos contribuem com ferro, zinco e outros minerais essenciais.
A ingestão semanal sugerida de peixes, camarões e frutos do mar varia entre 300 e 500 gramas, distribuídos em uma ou duas refeições. Crianças, gestantes, lactantes e idosos devem dar ainda mais atenção à inclusão desses alimentos na rotina.
As diretrizes chegam em um momento de alerta. Dados da Comissão Nacional de Saúde da China revelam que 51,2% dos adultos do país estão com sobrepeso ou obesos. Caso não haja mudanças significativas, a taxa pode ultrapassar 70% até 2030, segundo estimativas oficiais.
[Com informações da Agência Xinhua]&nbsp;

Guilherme Paladino

Em dezembro de 2019, uma aula de alimentação saudável foi realizada na cozinha da Escola Experimental Afiliada à Primeira Escola Secundária Niulanshan, em Pequim, como parte do projeto-piloto "Escola Nutritiva"

China lança novas diretrizes alimentares para combater "obesidade crescente"

247 – Um estudo publicado na prestigiada revista científica The Lancet projeta um futuro alarmante para a saúde global: mais da metade dos adultos e um terço das crianças e jovens no mundo estarão com sobrepeso ou obesidade até 2050. O levantamento destaca as consequências severas desse crescimento para a saúde pública, incluindo o aumento expressivo de doenças crônicas e a pressão sobre os sistemas de saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define sobrepeso como um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25 e obesidade como um IMC acima de 30. Segundo o estudo, atualmente 2,11 bilhões de adultos com 25 anos ou mais e 493 milhões de crianças e jovens entre cinco e 24 anos são considerados acima do peso ou obesos. Esses números são significativamente maiores em comparação com 1990, quando eram 731 milhões de adultos e 198 milhões de jovens nessa condição.
O estudo faz um alerta contundente: sem mudanças imediatas em políticas públicas e intervenções eficazes, o número de adultos com excesso de peso pode saltar para 3,8 bilhões em 2050, e o de crianças e jovens pode atingir 746 milhões. “A epidemia global de sobrepeso e obesidade é uma tragédia profunda e um fracasso social monumental”, afirmou a professora Emmanuela Gakidou, da Universidade de Washington, uma das autoras do estudo.
O crescimento acelerado da obesidade tem efeitos diretos na incidência de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas e câncer, aumentando a taxa de mortalidade precoce. O relatório destaca que mais da metade da população obesa do mundo estará concentrada em apenas oito países: China (402 milhões), Índia (180 milhões), Estados Unidos (172 milhões), Brasil (88 milhões), Rússia (71 milhões), México (58 milhões), Indonésia (52 milhões) e Egito (41 milhões).
As projeções para a infância e adolescência também são alarmantes. A prevalência de obesidade entre crianças e jovens deverá crescer 121%, atingindo 360 milhões até 2050. O estudo destaca que a região da América Latina e Caribe, ao lado do Norte da África e Oriente Médio, será uma das mais afetadas, com um terço das crianças obesas concentradas nesses territórios.
O desafio também preocupa a Rússia, onde cerca de 25% dos adultos enfrentam problemas com excesso de peso. O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, afirmou que reduzir esses índices é uma prioridade para o governo, juntamente com o combate ao consumo de álcool e tabaco. De acordo com estimativas oficiais, esses hábitos encurtam a expectativa de vida dos russos em média sete anos.
O estudo enfatiza que a obesidade está surgindo cada vez mais cedo, elevando os riscos de doenças graves ainda na juventude. Especialistas defendem que governos devem agir rapidamente para reverter essa tendência, adotando políticas eficazes de educação alimentar, regulação de produtos ultraprocessados e incentivo às atividades físicas para mitigar essa crise global de saúde pública.

Mais da metade dos adultos estará obesa até 2050, alerta estudo

Reuters – O Ozempic, famoso remédio para diabetes GLP-1 da Novo Nordisk, gerou melhoras em alguns parâmetros relacionados a transtornos de consumo de álcool em um pequeno estudo, disseram pesquisadores nesta quarta-feira.&nbsp;
Os 48 participantes do teste de nove semanas enfrentavam transtornos de consumo de álcool moderadamente graves e receberam, uma vez por semana, o Ozempic ou placebo.&nbsp;
Antes do estudo, eles foram convidados a consumir suas bebidas alcoólicas favoritas durante um período de duas horas em um ambiente confortável.
Em uma segunda sessão de bebidas ao fim do teste, os participantes que receberam o tratamento com Ozempic consumiram significativamente menos álcool do que na primeira sessão, o que não foi o caso do grupo que recebeu placebo, segundo os resultados publicados na revista científica JAMA Psychiatry.
Embora o Ozempic tenha reduzido significativamente o desejo semanal de beber álcool, não houve diferença significativa entre os grupos na redução dos dias de consumo de álcool. A quantidade de bebidas por dia, em média durante o total dos dias do estudo, também foi reduzida de maneira semelhante nos dois grupos.&nbsp;
No entanto, ao calcular a média do número de bebidas somente nos dias em que o álcool foi consumido, a redução foi maior no grupo que recebeu Ozempic. E ao longo do tempo, houve uma redução maior nos dias de consumo excessivo de álcool -- definido como quatro ou mais drinques para mulheres e cinco ou mais para homens -- no grupo que recebeu o Ozempic.
Os resultados indicam o potencial da semaglutida -- principal ingrediente do Ozempic e do Wegovy, remédio da Novo Nordisk para perda de peso com doses mais altas -- e de medicamentos semelhantes para "atender a uma necessidade não satisfeita no tratamento de transtornos de consumo de álcool", disse a líder do estudo, Klara Klein, da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, em comunicado.&nbsp;
"Estudos maiores e mais longos em populações mais amplas são necessários", disse Klein, sobre o estudo relacionado ao abuso de álcool. "Mas as primeiras conclusões são promissoras".&nbsp;

Ozempic mostra sinais de que pode ajudar a combater transtornos de consumo de álcool

Reuters - O governador da Califórnia, Gavin Newsom, emitiu nesta sexta-feira uma ordem executiva com o objetivo de combater alimentos ultraprocessados, como lanches industrializados e bebidas açucaradas, além de investigar mais a fundo os efeitos dos corantes alimentares sintéticos na saúde. 
A ordem prevê a possibilidade de utilizar fundos públicos de hospitais da Califórnia e do programa Medi-Cal Managed Care para melhorar o acesso local a alimentos frescos e saudáveis e promover a saúde pública. 
Por que é importante - A ordem faz referência a um novo relatório do Comitê Consultivo para Diretrizes Alimentares de 2025, que aponta que 73% dos adultos norte-americanos com 20 anos ou mais estão com sobrepeso ou obesidade, e 38% das crianças e jovens de 12 a 19 anos são pré-diabéticos. 
Contexto - Essa medida segue outras iniciativas de Newsom voltadas para alimentos saudáveis, como restrições a refrigerantes e bebidas com cafeína em escolas e um limite proposto de açúcar em leites não lácteos, previsto para entrar em vigor em 2025. 
Além disso, a iniciativa vem após um apelo de Robert F. Kennedy Jr., futuro líder do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, para banir certos aditivos alimentares e remover alimentos ultraprocessados das refeições escolares.
Citação principal - “Os alimentos que consumimos não deveriam nos adoecer ou causar consequências para a vida toda”, afirmou Newsom. “Trabalharemos com a indústria, consumidores e especialistas para combater os alimentos ultraprocessados e criar um futuro mais saudável para todos os californianos". 
Próximos passos - O Departamento de Saúde Pública da Califórnia e o Escritório de Avaliação de Saúde Ambiental devem apresentar recomendações até 1º de abril de 2025.

Guilherme Levorato

Califórnia mira alimentos ultraprocessados em nova iniciativa de saúde

247- O influenciador digital Gabriel Freitas, de 37 anos, faleceu na última segunda-feira (30/12) após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Gabriel ficou conhecido nas redes sociais por compartilhar sua jornada de luta contra a obesidade, acumulando cerca de 70 mil seguidores. A informação foi publicada originalmente pelo portal <a href="https://www.metropoles.com/celebridades/quem-era-gabriel-freitas-influencer-que-tinha-380-kg-e-morreu">Metrópoles.</a>
Gabriel, que chegou a pesar 380 kg, relatava diariamente os desafios de conviver com uma doença crônica e progressiva. Seu objetivo era inspirar outras pessoas ao tentar reduzir seu peso para 100 kg, sem recorrer a medicamentos ou cirurgias bariátricas.
Em 2017, o influenciador participou de um programa de TV comandado por Gugu Liberato, na Rede Record, onde conseguiu perder 193 kg. Contudo, Gabriel voltou a ganhar peso após enfrentar o luto pela morte do pai e do irmão. Esse período difícil culminou em seu pior momento, quando ultrapassou novamente os 380 kg.
<h3>Uma despedida marcada por luto e reflexão</h3>
A notícia de sua morte foi compartilhada por Ricardo Gouvea, amigo próximo de Gabriel. Em uma publicação nas redes sociais, Ricardo declarou: “O legado de Gabriel não termina aqui. Ele não se foi em vão. Aguardem. Luto”. Segundo Ricardo, o influenciador sofreu uma parada cardiorrespiratória em decorrência do peso, enquanto descansava. “Morreu praticamente dormindo, não sofreu”, completou.

Quem era Gabriel Freitas, influencer que pesava 380 kg e faleceu

247 - O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), autor da emenda aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que exclui bebidas açucaradas do chamado “imposto do pecado”, enfrenta questionamentos sobre possível conflito de interesses devido à sua ligação com a indústria de alimentos. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/senador-contra-refrigerantes-no-imposto-do-pecado-e-dono-de-fabrica">Metrópoles.</a>
Cardoso é fundador e sócio da Cicopal, uma empresa de alimentos industrializados com capital de R$ 30,6 milhões, que fabrica refrigerantes e energéticos. Caso a proposta seja aprovada sem alterações no plenário do Senado, a companhia será beneficiada pela exclusão dos refrigerantes da nova taxação.
De acordo com o site da empresa, Vanderlan e sua esposa, Izaura Cardoso, fundaram a Cicopal em 1993. O registro da Receita Federal confirma que Izaura aparece como administradora de duas empresas sócias da Cicopal.
Ao justificar sua emenda, o senador argumenta que a inclusão de bebidas açucaradas no “imposto do pecado” seria “discriminatória”, alegando que não há uma “ligação direta” entre o consumo desses produtos e a “incidência de obesidade no país”. “A proposta de taxar bebidas açucaradas não se alinha com a realidade brasileira e suas particularidades nutricionais e econômicas. Políticas mais eficazes e abrangentes, focadas na educação nutricional e na conscientização sobre consumo moderado, seriam mais apropriadas para tratar questões de saúde pública como a obesidade”, defendeu o parlamentar.
Em nota, Vanderlan destacou que apresentou ao todo 30 emendas ao relatório da reforma tributária elaborado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Segundo ele, as sugestões acolhidas beneficiam setores que geram empregos e impulsionam a economia.
“A maioria desses setores é forte gerador de empregos, contribui com o pagamento de impostos, movimenta a economia e realiza enormes investimentos”, afirmou a assessoria do parlamentar.
O texto ressalta ainda que as emendas foram debatidas publicamente nas comissões do Senado, com apoio de parlamentares de diferentes partidos. “Os pleitos atendidos são públicos, amplamente discutidos e baseados em fundamentos técnicos e econômicos.”
A decisão final sobre a inclusão ou não das bebidas açucaradas no “imposto do pecado” será tomada pelo plenário do Senado, ainda sem data definida para a votação.

Tudo sobre obesidade