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Maduro diz que pressão por guerra contra Venezuela pode arruinar carreira política de Donald Trump

Presidente venezuelano afirma que grupos de poder nos Estados Unidos querem empurrar o atual presidente para uma intervenção militar contra a Venezuela

Nicolás Maduro (Foto: Assessoria da Presidência Venezuelana )

247 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (17) a existência de um plano articulado por setores de poder nos Estados Unidos para destruir politicamente o presidente Donald Trump ao pressioná-lo por uma intervenção militar contra o país sul-americano. As declarações foram feitas em seu programa “Con Maduro +” e divulgadas originalmente pelo jornal teleSUR.

Segundo Maduro, há um movimento organizado para provocar o mandatário norte-americano a tomar uma decisão que comprometeria seu futuro político. “Uma guerra contra a Venezuela seria o fim político de sua liderança e de seu nome”, afirmou. Ele acrescentou que forças internas e externas querem empurrar Trump a “cometer o erro mais grave de toda a sua vida”.

Disputas internas nos EUA e o cálculo da ‘era pós-Trump’

Maduro ressaltou que as pressões não vêm apenas de adversários declarados, mas também de pessoas dentro do próprio círculo presidencial norte-americano, que, segundo ele, atuariam projetando uma “era pós-Trump”. Esses setores, afirmou, “estão levando-o a um desfiladeiro”, indiferentes ao impacto que um conflito militar teria para a região e para o próprio presidente dos Estados Unidos.

Apoio popular dentro dos Estados Unidos

Em contraste com o clima de hostilidade de parte da elite política norte-americana, Maduro agradeceu manifestações de solidariedade de cidadãos dos Estados Unidos que rejeitam qualquer agressão à Venezuela. Ele destacou que “está surgindo um grande movimento de opinião pública nos Estados Unidos para respaldar a Venezuela em sua luta pela paz”.

O presidente venezuelano afirmou que a sociedade norte-americana não deseja novos conflitos armados após as tragédias vividas em guerras como Vietnam, Iraque e Afeganistão — conflitos impulsionados por mentiras, como o incidente do Golfo de Tonkin ou as inexistentes armas de destruição em massa. Segundo Maduro, foram “guerras eternas, guerras criminosas, guerras ilegais”.

Clima regional de tensão

As declarações do presidente venezuelano ocorrem em meio a um ambiente geopolítico tenso no Caribe. Dias antes, Maduro havia denunciado que a primeira-ministra de Trinidad e Tobago autorizou a instalação de uma força militar estrangeira em seu território, localizado a apenas 15 quilômetros da costa venezuelana, o que, segundo ele, representa uma ameaça direta à estabilidade da região.

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