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Na ONU, Venezuela denuncia EUA pela “maior extorsão” da história

Brasil pediu o fim do uso de força militar e do bloqueio imposto pelos EUA à Venezuela em reunião do Conselho de Segurança da ONU

Reunião do Conselho de Segurança da ONU (Foto: REUTERS/Stephani Spindel)

247 - A Venezuela denunciou nesta terça-feira (23), ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que as agressões dos Estados Unidos contra o país sul-americano configuram uma grande “extorsão”.

“Trata-se da maior extorsão conhecida em nossa história, de um gigantesco crime de agressão em desenvolvimento, fora de qualquer parâmetro racional, de toda lógica jurídica, de todo precedente histórico”, afirmou Samuel Moncada, representante permanente da Venezuela junto à ONU.

Em sua intervenção, Moncada recordou que autoridades dos EUA afirmaram publicamente que desejam “anexar” a Venezuela ao seu território.

“Seu presidente [Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos], no último dia 16 de dezembro, exigiu que entregássemos imediatamente nossas terras, nosso petróleo e nossos minerais, porque supostamente lhe pertencem. Disse que, se não cumpríssemos seu ultimato, descarregaria então a fúria da maior Armada da história sobre o nosso país”, enfatizou.

Segundo Moncada, trata-se de um poder que “atua à margem do direito internacional” e que “exige das venezuelanas e dos venezuelanos” que abandonem seu país; caso contrário, “executará um ataque armado que vem anunciando há semanas”.

Uma série de países latino-americanos se solidarizou com Caracas e rechaçou o bloqueio imposto por Washington. O embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, frisou: "A força militar reunida e mantida pelos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela e o bloqueio naval recentemente anunciado constituem violações da Carta das Nações Unidas. Portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis". 

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