PDVSA afirma que exportações seguem apesar de ameaça dos EUA
Estatal venezuelana afirma que operações seguem normais e defende soberania energética
247 - A Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) informou que suas exportações de petróleo e derivados continuam ocorrendo normalmente, mesmo diante de recentes ameaças de bloqueio marítimo anunciadas pelos Estados Unidos. A posição foi divulgada em comunicado oficial nesta quarta-feira (17), no qual a empresa reafirma a continuidade das atividades estratégicas do setor energético venezuelano.
De acordo com a estatal, as operações seguem em pleno funcionamento apesar das declarações do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou, na terça-feira (16), uma ordem de bloqueio marítimo contra a Venezuela e classificou, sem apresentar provas, o governo venezuelano como “organização terrorista estrangeira”. As informações foram publicadas originalmente pela teleSUR, com base em comunicado oficial da PDVSA.
No documento, a empresa destaca que fará valer seus direitos ao livre comércio e à livre navegação, conforme o Direito Internacional. A PDVSA afirma que suas ações estão respaldadas pelo exercício pleno da soberania nacional e pelas normas internacionais que regem o transporte marítimo e o comércio global de energia.
A estatal também lembrou que, mesmo após anos enfrentando Medidas Coercitivas Unilaterais, episódios de sabotagem e ataques cibernéticos, sua capacidade operacional permanece preservada. Segundo a PDVSA, a indústria petrolífera venezuelana segue sustentada por uma força de trabalho experiente e pelo apoio da população.
O comunicado denuncia ainda atos recentes de pirataria internacional voltados ao roubo de hidrocarbonetos, classificados como tentativas de violar os direitos econômicos da Venezuela. Para a empresa, essas ações não têm sido suficientes para enfraquecer a determinação do setor energético nacional.
A PDVSA ressaltou que todas as suas operações marítimas e comerciais são conduzidas em estrita conformidade com a Constituição venezuelana, as leis marítimas internacionais e os princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a estatal, esse arcabouço jurídico sustenta a resistência da indústria diante de pressões externas que buscam desestabilizar a economia do país.
No encerramento do comunicado, a empresa reafirmou seu compromisso com a recuperação e o fortalecimento da produção nacional, destacando a união e a dignidade como elementos centrais para enfrentar ameaças externas. A PDVSA concluiu que nenhuma agressão internacional será capaz de interromper o avanço de uma indústria que se define como livre e independente.
A manifestação da estatal ocorre após a apreensão, na semana passada, de um navio petroleiro por forças norte-americanas próximo à costa venezuelana, em meio ao aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe. As acusações feitas por Donald Trump incluem alegações de envolvimento do governo venezuelano com crimes transnacionais, apesar de recentes avaliações de organismos internacionais, como a ONU, apontarem a Venezuela como um país livre de estupefacientes.



