Trump intensifica pressão na América Latina e mira governo Petro
O presidente dos EUA amplia ofensiva regional e diz que líder colombiano é o próximo alvo
247 - A escalada de tensão na América Latina promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou ao centro do debate político internacional após novas declarações direcionadas ao governo colombiano. As afirmações, que ampliam a hostilidade contra a Venezuela, reforçam a estratégia de pressão adotada por Washington na região.
Reportagem da Prensa Latina destaca que Trump voltou a mirar o presidente colombiano Gustavo Petro, ao acusar a Colômbia de ser um centro de produção de drogas e sugerir que Bogotá poderá enfrentar “problemas futuros” caso não tome providências.Ao responder a jornalistas na Casa Branca sobre a possibilidade de dialogar com Petro, Trump foi categórico ao descartar qualquer conversa. Segundo ele, o presidente colombiano “tem se mostrado bastante hostil aos Estados Unidos”. O presidente norte-americano enviou ainda um recado direto: “Espero que ele esteja ouvindo. Ele será o próximo”, declarou, insistindo que Petro “terá grandes problemas se não perceber” que a Colômbia está “produzindo muitas drogas”. Trump afirmou: “Eles têm fábricas de cocaína onde produzem cocaína, como você sabe, e a vendem diretamente para os Estados Unidos”.Na Colômbia, o clima é tenso. Em setembro, o governo Trump retirou o país da lista de nações cooperantes no combate às drogas e sancionou Gustavo Petro, acusando-o sem provas de atuar como líder do narcotráfico. Ainda segundo Trump, Petro “incentiva a produção em massa de drogas, tanto em grandes quanto em pequenas propriedades, em toda a Colômbia”.A ofensiva norte-americana também foi comentada pela ativista estadunidense Gloria La Riva, que afirmou à Prensa Latina que a Colômbia se tornou alvo direto porque “o presidente Gustavo Petro teve a coragem de condenar os Estados Unidos por causarem o genocídio em Gaza e por denunciar as ameaças contra a América Latina”.
Paralelamente, cresce o aparato militar norte-americano no Caribe. As Forças Armadas dos EUA posicionaram mais de uma dúzia de navios de guerra, incluindo o maior porta-aviões do mundo, além de cerca de 15 mil soldados, no âmbito da “Operação Lança do Sul”. A ação é apresentada oficialmente como parte da luta antidrogas. Entretanto, desde o lançamento da campanha, em setembro, ataques a pequenas embarcações no Caribe e no Pacífico Oriental deixaram 87 mortos e afundaram ao menos 22 barcos.



