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Flávio Bolsonaro projeta aliança com Tarcisio "para as próximas décadas"

Senador afirma que relação com o governador de São Paulo é sólida, nega concorrência interna e comenta cassações de mandatos no Congresso

Tarcísio de Freitas e Flávio Bolsonaro (Foto: Paulo Guereta/Governo do Estado de SP | Andressa Anholete/Agência Senado)

247 – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que intrigas políticas não serão capazes de romper sua relação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em entrevista ao Central de Notícias, do SBT News, nesta sexta-feira (19), o parlamentar disse que a aliança entre os dois é duradoura e projetada para o futuro.

“A nossa aliança é para o futuro, para as próximas décadas, e não tem intriga que vá conseguir separar Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas”, afirmou o senador, ao rechaçar especulações sobre eventuais disputas internas no campo bolsonarista.

Flávio também lembrou que o governador paulista “já manifestou apoio” a uma eventual candidatura sua à Presidência da República e destacou que Tarcísio sinalizou a intenção de disputar a reeleição ao governo de São Paulo. Segundo o senador, não há espaço para conflito entre os dois projetos.

“[...] não tem nenhum sentido haver uma concorrência entre Flávio Bolsonaro e Tarcisio, já que o presidente Bolsonaro só pode indicar um”, declarou.

Na quinta-feira (18), Tarcísio reiterou publicamente seu apoio ao senador. O governador afirmou ainda que Flávio tem buscado se apresentar como alguém aberto ao diálogo e disposto a manter uma interlocução institucional ampla, o que, em sua avaliação, indicaria uma atuação voltada à conversa com diferentes poderes e correntes políticas em caso de vitória eleitoral.

Cassação de mandatos e críticas ao sistema político

Durante a entrevista ao SBT News, Flávio Bolsonaro também comentou as cassações dos mandatos de seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Para ele, ainda existe margem para reverter as decisões, desde que o Congresso Nacional recupere protagonismo institucional.

“Se o Poder Legislativo se der o respeito em algum momento e voltar a se autovalorizar, não tenho nenhuma dúvida [que é possível reverter], porque esse critério de perda de mandato por faltas ou pelas faltas que virão [...] tem que ser avaliado caso a caso”, afirmou.

Segundo o senador, ambos os parlamentares foram afastados contra a própria vontade. “São dois parlamentares que gostariam de estar aqui e não estão porque o Brasil não vive uma democracia plena”, disse.

Flávio também defendeu a possibilidade de participação remota de parlamentares em situações excepcionais e sugeriu mudanças no regimento interno do Congresso. “Se até juízes podem votar virtualmente, por que um parlamentar não pode? Um caminho natural seria mudar o regimento interno para permitir isso, sem celeuma”, concluiu.

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