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Médicos evitam prever alta de Bolsonaro após cirurgia

Equipe médica afirma que ex-presidente passará por avaliações diárias

O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília-DF, onde cumpre prisão domiciliar, enquanto aguarda a execução penal pela condenação por golpe de Estado - 29/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

247 - A equipe médica responsável pelo acompanhamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta quinta-feira (25) que ainda não há previsão para a alta hospitalar. Segundo os profissionais, a avaliação do quadro clínico é feita diariamente e qualquer decisão dependerá da evolução do paciente ao longo dos próximos dias.

 De acordo com os médicos, a alta só será considerada quando Bolsonaro apresentar condições de retomar atividades básicas de autocuidado, como se alimentar, se vestir e tomar banho sem ajuda.

Questionados sobre a possibilidade de o ex-presidente retornar à Superintendência da Polícia Federal, os médicos afirmaram que ainda não é possível fazer qualquer projeção. “Depende da evolução clínica”, disseram, ressaltando que o momento exige cautela e acompanhamento contínuo.

Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal. Conforme a equipe médica, o procedimento ocorreu dentro do esperado, sem intercorrências. A cirurgia teve duração aproximada de três horas, foi realizada com anestesia geral e, após o término, o ex-presidente acordou normalmente e foi encaminhado a um quarto, sem necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).

O cirurgião Cláudio Birolini explicou que os cuidados nos próximos dias estarão concentrados no controle da dor, na realização de fisioterapia e na profilaxia de tromboembolismo venoso. Além disso, exames devem ser repetidos durante o período de internação para monitorar a evolução do pós-operatório.

Paralelamente à recuperação cirúrgica, a equipe médica também acompanha crises persistentes de soluços, associadas a um quadro de esofagite severa. Inicialmente, foi avaliada a possibilidade de um bloqueio de nervo, mas os médicos optaram por intensificar o tratamento medicamentoso e ajustar a dieta, por se tratar de uma alternativa menos invasiva. A necessidade de uma eventual intervenção será reavaliada na próxima segunda-feira (29).

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