Moraes pede que PGR se manifeste sobre perícia de tornozeleira de Bolsonaro
Ministro do STF deu prazo de cinco dias para manifestação após laudo da PF apontar tentativa de violação do equipamento usado pelo ex-presidente
247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste a respeito do laudo pericial sobre a tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida ocorre após a conclusão de uma perícia que analisou possíveis danos no equipamento de monitoramento.
O documento foi elaborado pela Polícia Federal (PF) e detalha os resultados da análise técnica realizada no dispositivo eletrônico.
Segundo a perícia, houve uma tentativa de violação da tornozeleira com o uso de uma “fonte de calor”. O procedimento teria sido empregado para abrir o compartimento externo do equipamento. A violação já havia sido mencionada por Alexandre de Moraes em novembro, quando o ministro determinou a prisão preventiva de Bolsonaro.
Os peritos da Polícia Federal utilizaram diferentes métodos para chegar às conclusões, incluindo registros fotográficos, análise microscópica, exames de microfluorescência de raios X e testes comparativos com uma tornozeleira em estado íntegro. A avaliação técnica apontou a existência de “danos significativos” no equipamento, além de indícios claros de “uso de calor” direcionado à abertura do case do aparelho.
De acordo com o laudo, apesar da tentativa de violação, o sistema de monitoramento funcionou corretamente. A central de controle foi acionada no momento do incidente, indicando que o mecanismo de segurança cumpriu sua finalidade.
A Polícia Federal também informou que um segundo laudo está em fase de elaboração. Esse novo exame deverá verificar eventuais danos no circuito eletrônico interno da tornozeleira e identificar qual sensor foi acionado durante o aquecimento do equipamento. A análise será conduzida pela área especializada em perícias eletrônicas.



