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Tivemos o maior avanço nas negociações entre Brasil e EUA, diz Alckmin

Em nova rodada de isenções, EUA determinaram a suspensão de sobretaxas para 238 produtos brasileiros

Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

247 – O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (21) que a retirada de tarifas adicionais sobre parte das exportações brasileiras pelos Estados Unidos representa um avanço inédito nas tratativas entre os dois países.

Conforme noticiou o Valor Econômico, Alckmin detalhou que, antes da decisão de Washington, 36% das exportações brasileiras estavam submetidas a sobretaxas. Com o novo ajuste, esse percentual caiu para 22%. De acordo com ele, 238 itens — entre cacau, frutas e raízes — foram liberados das cobranças extras.

Alckmin ressaltou que o avanço é expressivo, mas que ainda há setores que seguem impactados. “Quer dizer, nós avançamos bastante. Você tem alguns produtos ainda de alimentos, tipo pescado, tipo mel, e você tem produto industrial, máquinas, motores, calçados. Então, esse é o empenho que temos que fazer pela frente. Mas eu diria que esse foi o maior avanço”, destacou.

Discussões incluem datacenters, terras raras e big techs

O presidente em exercício também afirmou que não há temas proibidos na mesa de negociações com os EUA. Ele citou datacenters, terras raras e big techs entre os assuntos de interesse bilateral, observando que as conversas envolvem tanto aspectos tarifários quanto não tarifários.

Alckmin confirmou ainda a continuidade do Plano Brasil Soberano, criado para apoiar empresas impactadas pela tarifa adicional de 50% aplicada pelo governo americano. O pacote prevê crédito facilitado, postergação de tributos e incentivos a negócios que mantenham ou ampliem empregos.

Washington retira tarifa adicional para 238 produtos

O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (20) a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a itens como carne bovina e café, dois dos principais produtos brasileiros no mercado americano. Os 238 novos itens isentos se somam aos cerca de 700 que já haviam sido liberados no fim de julho. A medida vale para mercadorias que ingressaram no país a partir de 13 de novembro.

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