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Veja a identidade falsa usada por Silvinei Vasques na tentativa de fuga

Ex-diretor da PRF foi preso no Paraguai ao tentar embarcar com passaporte falso após deixar o Brasil por via terrestre

Identidade falsa usada por Silvinei Vasques (Foto: Reprodução)

247 - O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso nesta sexta-feira (26), no Paraguai, ao tentar embarcar no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, utilizando um passaporte falso. O documento estava registrado em nome de “Julio Eduardo” e foi identificado durante a checagem migratória, o que levou à detenção imediata do brasileiro pelas autoridades locais.

Silvinei teria deixado o Brasil por via terrestre, com o objetivo de driblar controles migratórios mais rigorosos em aeroportos. Já em território paraguaio, com documentos fraudulentos, tentou embarcar em um voo com destino ao Panamá. A partir de lá, o plano seria seguir para El Salvador, mas a ação foi interrompida antes da decolagem.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Silvinei Vasques recebeu pena de 24 anos e 6 meses de prisão por envolvimento no chamado núcleo 2 da trama golpista investigada pela Corte. De acordo com a decisão, o grupo teria atuado na elaboração da chamada “minuta do golpe”, além de participar de ações de monitoramento e de um plano que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A condenação também aponta a participação de Silvinei na articulação interna da PRF para dificultar o deslocamento e o voto de eleitores da Região Nordeste durante as eleições de 2022. O ex-diretor não agiu sozinho. Outros quatro réus foram condenados no mesmo núcleo do processo, com penas que variam de 8 anos e 6 meses a 26 anos e 6 meses de prisão.

Entre os condenados estão Mário Fernandes, general da reserva do Exército, sentenciado a 26 anos e 6 meses; Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Jair Bolsonaro, condenado a 21 anos; Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente, também com pena de 21 anos; e Marília de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, que recebeu condenação de 8 anos e 6 meses.

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Identidade falsa usada por Silvinei Vasques(Photo: Reprodução)Reprodução

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