<p><b>247</b> - As chancelarias de Brasil e Paraguai anunciaram a reabertura das negociações sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu, passo decisivo para destravar a agenda binacional após meses de tensão diplomática. A retomada está prevista para a primeira quinzena de dezembro de 2025, depois de um período de impasse motivado pela revelação de operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em território paraguaio entre 2022 e 2023.</p>
<p>Em comunicado conjunto, ambos informam que a reunião desta segunda-feira serviu para “analisar a agenda bilateral” e permitir o retorno do diálogo interrompido pela crise. A revisão do Anexo C — que trata das regras financeiras e operacionais da hidrelétrica, incluindo tarifas, remuneração e comercialização de energia — tornou-se obrigatória após o tratado completar 50 anos em 2023 e é considerada central para os interesses econômicos das duas nações.</p>
<p>Durante o encontro, Vieira entregou ao chanceler paraguaio um relatório confidencial contendo os esclarecimentos pedidos pelo governo de Assunção sobre as ações da Abin. Segundo o documento, o governo do presidente Lula “tornou sem efeito a operação tão logo dela tomou conhecimento”, além de lamentar “o impacto desse episódio na relação bilateral” e garantir que o Brasil adotará medidas para “identificar os envolvidos e permitir sua responsabilização judicial”.</p>
<p>Lezcano, por sua vez, declarou que, após receber o material e ouvir as explicações, o Paraguai considera o caso encerrado. Essa sinalização abriu caminho para restaurar o diálogo sobre Itaipu, interrompido desde que veio à tona que agentes da Abin haviam buscado informações estratégicas de autoridades paraguaias entre 2022 e 2023.</p>
<p>A revelação provocou forte reação do governo paraguaio, que convocou o embaixador brasileiro em Assunção e suspendeu as conversas sobre o tratado até receber esclarecimentos formais. A crise também repercutiu internamente no Brasil, levando à revisão de protocolos e ao reforço dos mecanismos de controle das atividades de inteligência.</p>

Otávio Rosso

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América Latina

Brasil e Paraguai anunciam retomada das negociações sobre acordo de Itaipu

<p><b>247 – </b>O apresentador e empresário <b>Carlos Massa</b>, conhecido nacionalmente como <b>Ratinho</b>, de 69 anos, confirmou que se tornou cidadão paraguaio e passou a residir oficialmente no país vizinho. Segundo informações da <b>CNN Brasil</b>, sua assessoria declarou que a mudança ocorreu após o comunicador obter a <b>cidadania paraguaia</b>, o que o torna também <b>morador permanente</b> no Paraguai.</p>
<p>Ratinho anunciou a novidade em suas redes sociais, afirmando: <i>“A partir de agora sou cidadão paraguaio também. Sou cidadão brasileiro, mas também sou paraguaio.”</i> O apresentador, que continua à frente do <b>Programa do Ratinho</b> no SBT, ressaltou que a decisão faz parte de um novo momento pessoal e profissional.</p>
<h2>Cidadania paraguaia e requisitos legais</h2>
<p>De acordo com a legislação do Paraguai, brasileiros podem obter a cidadania sem necessidade de vínculos familiares com cidadãos paraguaios. Há duas principais formas de naturalização: <b>por período de residência</b> e <b>por programa de investimento</b>.</p>
<p>O primeiro exige <b>residência regular por mais de três anos</b>, comprovação de <b>atividade profissional</b> no país — seja no comércio, na indústria ou nas artes — e apresentação de <b>atestado de antecedentes criminais</b>. Já o segundo caminho é destinado a investidores que possuam empresas no Paraguai, com <b>investimento mínimo de US$ 70 mil</b>, o equivalente a cerca de <b>R$ 375 mil</b> na cotação atual.</p>
<p>Não há informações sobre qual das modalidades foi utilizada por Ratinho para adquirir sua cidadania.</p>
<h2>Empresário e dono de múltiplos negócios</h2>
<p>Além de apresentador de televisão, Ratinho é um dos <b>principais nomes da comunicação brasileira</b> e <b>detém uma fortuna milionária</b>, com investimentos em rádios, emissoras de TV e propriedades rurais. O empresário é dono de <b>mais de 70 emissoras de rádio</b> espalhadas pelo Brasil, além de fazendas e outros empreendimentos. Em entrevistas anteriores, Ratinho já havia declarado seu apreço por negócios: <i>“Gosto de ganhar dinheiro.”</i>&nbsp;</p>

Redação Brasil 247

Geral

Ratinho obtém cidadania paraguaia e anuncia mudança para o país

<p><b>247 –</b> Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou, nesta segunda-feira (20), que manter os chamados “laços diplomáticos” com as autoridades de Taiwan “não levará a lugar nenhum”.</p>
<p>Conforme repercutido pelo <a href="http://portuguese.people.com.cn/n3/2025/1021/c309806-20379880.html"><u>Diário do Povo</u></a>, Guo Jiakun, representante da chancelaria chinesa, fez as declarações após autoridades paraguaias pedirem um “debate sério e amplo” sobre a possibilidade de estabelecer relações diplomáticas e comerciais entre Assunção e Pequim.</p>
<p>Guo Jiakun reiterou que a posição oficial de Pequim não admite ambiguidades. “O princípio de Uma Só China é um consenso prevalecente da comunidade internacional e uma norma básica nas relações internacionais”, afirmou. “A manutenção dos chamados ‘laços diplomáticos’ com as autoridades de Taiwan não levará a lugar nenhum.”</p>
<p>“Exortamos os governos de um número muito pequeno de países, incluindo o Paraguai, a verem a verdadeira imagem, ouvirem as vozes dos visionários, não fecharem os olhos à vontade do povo e tomarem, o mais rapidamente possível, decisões políticas corretas que sirvam aos interesses fundamentais e de longo prazo de seu povo”, completou o porta-voz.</p>

Guo Jiakun, porta-voz da chancelaria chinesa

Diário do Povo

China diz que manter laços com Taiwan não levará países a “lugar nenhum”

<p><b>247 - </b>A Polícia Federal (PF) do Brasil e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) deram início nesta segunda-feira (20), em Assunção, à 53ª fase da Operação Nova Aliança. A Com apoio da Força-Tarefa Conjunta e do Ministério Público Paraguaio, esta etapa encerra o ciclo de 2025, considerado o mais intenso desde a criação da iniciativa, em 2012.</p>
<p>Segundo a PF, a meta é alcançar o maior volume histórico de erradicação de plantações ilícitas de cannabis. Somente neste ano, as cinco fases anteriores já resultaram na destruição de cerca de 4.500 toneladas de maconha, cultivadas em mais de 1.400 hectares de áreas remotas.</p>
<h2>Avanços e impacto acumulado</h2>
<p>Ao longo de 13 anos de operações conjuntas, Brasil e Paraguai já erradicaram mais de 44 mil toneladas de maconha. O volume representa uma expressiva redução da oferta da droga na região de fronteira, consolidando a Operação Nova Aliança como uma das ações binacionais mais duradouras contra o tráfico.</p>
<p>O Relatório Mundial sobre Drogas 2024, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), destacou que a maconha segue sendo a substância ilícita mais consumida do mundo. O estudo aponta também aumento da concentração de THC e diversificação de produtos, sobretudo em países que legalizaram sua produção.</p>
<h2>Vertente ambiental</h2>
<p>Além do combate direto ao narcotráfico, a Operação Nova Aliança inclui iniciativas de restauração ambiental. A chamada Operação Restaurar, conduzida pelo Instituto Nacional de Florestas do Paraguai, busca recuperar áreas degradadas pelo cultivo ilícito, unindo segurança pública e preservação ambiental.</p>
<h2>Investigação científica e forense</h2>
<p>A fase atual também conta com a atuação de peritos criminais federais brasileiros, em parceria com especialistas do Laboratório Forense e do Centro de Evidências da SENAD. Eles realizam análises de amostras de solo e plantas, permitindo identificar origem, insumos utilizados no cultivo, níveis de pureza e formas de processamento.</p>
<p>Esses estudos alimentam investigações criminais, reforçam provas em processos judiciais e oferecem informações estratégicas para enfraquecer organizações envolvidas no tráfico.</p>
<h3><b>Cooperação internacional</b></h3>
<p>Combinando segurança, ciência forense e restauração ambiental, a Operação Nova Aliança se consolida como uma das parcerias internacionais mais eficazes no enfrentamento ao narcotráfico. Em 2025, Brasil e Paraguai encerram o ciclo anual com o maior índice de erradicação já registrado desde o início da cooperação.</p>

Paulo Emilio

Operação Nova Aliança da PF visa erradicar plantações de cannabis

PF faz operação conjunta com Paraguai para erradicar plantações de maconha

<p><b>247 - </b>A JBS anunciou nesta quinta-feira (2/10) que vai investir US$ 70 milhões nos próximos dois anos na produção de frangos no Paraguai. O anúncio foi feito durante a visita do presidente paraguaio Santiago Peña à unidade da Seara, em Dourados (MS). A informação foi divulgada pelo Globo Rural.</p>
<p>A primeira etapa do investimento começou com a compra da Pollos Amanecer, empresa que mantém uma planta em Doctor Juan Eulogio Estigarribia, distrito conhecido como Campo 9, no departamento de Caaguazú. Após obras de ampliação e modernização, a unidade terá capacidade para processar 100 mil aves por dia, atendendo tanto o mercado interno quanto abrindo espaço para exportações.</p>
<h3>Estrutura de expansão</h3>
<p>O plano de crescimento prevê a instalação de 28 granjas destinadas a material genético, incubatórios e uma fábrica de ração. Hoje, a operação funciona com 19 galpões, mas a meta é chegar a 139 estruturas para engorda de frangos após a conclusão do ciclo de expansão.</p>
<p>“O Paraguai oferece boas condições para o desenvolvimento da avicultura, e esse investimento reforça nossa estratégia de aumento da competitividade e diversificação da companhia”, afirmou em nota o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. Ele destacou ainda que o aporte deve acelerar a inserção do Paraguai no mercado mundial de frangos.</p>
<h3>Produção estratégica</h3>
<p>Além do aporte direto da companhia, o plano prevê também investimentos dos produtores integrados da região. A localização da planta é considerada estratégica: está no coração de uma das maiores áreas agrícolas do Paraguai, com fácil acesso a grãos e situada a menos de 200 quilômetros das três principais cidades do país — Assunção, Ciudad del Este e Luque.</p>
<p>A aposta da JBS consolida a presença da Seara no setor avícola paraguaio e reforça a posição do país como futuro exportador de frango em escala global.</p>

Luis Mauro Filho

JBS anuncia aporte milionário para ampliar produção de frangos no Paraguai

<p><b>247 - </b>A onda de protestos global liderada pela "geração Z", como os levantes ocorridos recentemente na Indonésia e no Nepal, se espalhou, atingindo agora a América do Sul.</p>
<p>Nos últimos dias, o Peru e o Paraguai vêm sendo abalados por protestos semelhantes. No país vizinho, de acordo com a CNN, a juventude foi em suas centenas às ruas do centro da capital, Assunção, sob o lema "Somos os 99,9%". De acordo com o canal em espanhol, os manifestantes carregavam, além de bandeiras paraguaias, imagens do mangá de quadrinhos “One Piece”.</p>
<p>Na capital peruana, Lima, os protestos contra o governo resultaram em confrontos com a polícia, deixando dezenas de manifestantes feridos.</p>
<p>As mobilizações começaram como reação a uma impopular reforma do sistema de aposentadoria, mas rapidamente ganharam força ao incorporar um sentimento mais amplo de insatisfação popular e acúmulo de críticas contra a presidente Dina Boluarte.</p>

Leonardo Sobreira

Protesto em Lima, no Peru, em 20 de setembro de 2025

Onda de protestos da "geração Z" atinge Peru e Paraguai

<p><b>247 - </b>A Yara, multinacional norueguesa e uma das maiores produtoras globais de fertilizantes, fechou um acordo com a desenvolvedora britânica Atome Energy para comprar a totalidade da produção anual de fertilizantes à base de hidrogênio verde que será fabricada em uma nova planta no Paraguai. A informação foi publicada pelo <i>Globo Rural</i>.</p>
<p>Segundo a reportagem, o contrato terá validade mínima de dez anos e prevê a construção da unidade em Villeta, cidade próxima a Assunção, com investimento estimado em US$ 630 milhões. A previsão é de que as obras comecem no último trimestre de 2025. O objetivo da parceria é abastecer o Mercosul com fertilizantes de menor impacto ambiental, fortalecendo o portfólio sustentável da Yara.</p>
<h3>Produção limpa e em larga escala</h3>
<p>O projeto terá capacidade para gerar até 260 mil toneladas por ano de Nitrato de Amônio e Cálcio (CAN). A planta será abastecida exclusivamente com energia renovável proveniente de hidrelétricas. O hidrogênio verde, obtido por eletrólise, será utilizado como insumo na produção do fertilizante, reduzindo de forma significativa a pegada de carbono em comparação com os métodos convencionais.</p>
<p>A Yara destacou que o fornecimento do CAN verde reforça sua estratégia de atender à crescente demanda por insumos agrícolas de baixa emissão de carbono. A companhia já possui iniciativas em curso voltadas para fertilizantes menos poluentes, mas a parceria no Paraguai é vista como um passo relevante na expansão dessa linha de negócios.</p>
<h3>Contexto estratégico para o Mercosul</h3>
<p>Com a nova planta, o Paraguai passa a se consolidar como um polo estratégico de produção de insumos agrícolas sustentáveis para a região. O acordo também se insere no movimento global de transição energética e redução de emissões, tema em que a Yara busca se posicionar como referência mundial.</p>

Brasil

Yara investe em hidrogênio verde para fertilizantes no Paraguai

<p><b>247 – </b>Em entrevista à <b>TV 247</b> (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=sChdmQVYrts" target="_new">assista aqui</a>), concedida aos jornalistas Leonardo Attuch e Tereza Cruvinel, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, <b>Enio Verri</b>, ressaltou o papel da hidrelétrica como pilar da segurança energética do país e como exemplo mundial de integração regional. Para ele, a usina é “a grande bateria do Brasil”, garantindo energia firme quando fontes intermitentes, como a eólica e a solar, não estão disponíveis.</p>
<blockquote>&nbsp;“A Itaipu hoje é a grande bateria do Brasil, é ela que garante a estabilidade do setor elétrico. Produz energia firme, limpa e barata, o que coloca o país como modelo no mundo”, afirmou Verri.</blockquote>
<h3>Uma obra revolucionária</h3>
<p>Segundo o dirigente, Itaipu é resultado de duas revoluções: a da engenharia e a da política internacional. A usina, construída há mais de 50 anos sem softwares avançados, tornou-se a maior obra de engenharia já realizada no Brasil e um símbolo de cooperação entre Brasil e Paraguai.</p>
<p>A hidrelétrica, que já chegou a fornecer 25% de toda a energia consumida pelo Brasil, hoje responde por 9%. Isso ocorre porque o país diversificou sua matriz energética, com 40% da capacidade instalada proveniente de fontes eólica e solar.</p>
<h3>Energia para dois países</h3>
<p>Pelo tratado que rege a binacional, cada país tem direito a 50% da energia produzida. O Paraguai, no entanto, consome apenas 15% e vende os 35% excedentes obrigatoriamente ao Brasil. Essa dinâmica já foi alvo de disputas, mas a dívida paraguaia foi quitada em 2023, permitindo que a receita seja dividida igualmente entre os dois países.</p>
<blockquote>&nbsp;“Trabalhamos ombro a ombro com os diretores paraguaios. A relação hoje é muito saudável, apesar das negociações frequentes sobre tarifa”, destacou Verri.</blockquote>
<p>Ele lembrou que a tarifa de Itaipu foi reduzida em 26% e congelada por quatro anos, até 2026.</p>
<h3>Investimentos e inovação</h3>
<p>Verri apresentou projetos que ampliam a produção e diversificam a matriz da usina. Entre eles estão o uso de <b>biogás</b>, hidrogênio verde e petróleo sintético (SAF) para aviação. Além disso, Itaipu desenvolve geração solar sobre a lâmina d’água do reservatório, visando autossuficiência energética.</p>
<p>A empresa também mantém programas sociais e ambientais, como reflorestamento de margens, proteção de nascentes e apoio a cooperativas de catadores. Esses projetos, segundo Verri, reforçam a missão da binacional de unir produção energética e responsabilidade socioambiental.</p>
<h3>Integração regional e soberania</h3>
<p>O diretor-geral defendeu a ampliação da integração elétrica na América do Sul, ressaltando que a experiência do Sistema Interligado Nacional pode servir de modelo. Ele também comentou as negociações do <b>Anexo C do Tratado de Itaipu</b>, que permitirá ao Paraguai vender energia no mercado livre a partir de 2027.</p>
<p>Verri criticou o governo Jair Bolsonaro por ter espionado diretores paraguaios durante discussões sobre a energia excedente, classificando o episódio como um “prejuízo às relações bilaterais”.</p>
<h3>COP 30 e a liderança do Brasil</h3>
<p>Ao abordar a crise climática, Enio Verri reforçou o papel do Brasil na <b>COP 30</b>, que será realizada em Belém, como exemplo mundial de matriz energética limpa.</p>
<blockquote>&nbsp;“O Brasil é modelo no mundo na produção de energia. Garantimos o que há de mais econômico, barato e limpo, enquanto países desenvolvidos ainda dependem de carvão e petróleo”, afirmou.</blockquote>
<p>Itaipu deve participar de pelo menos oito plenárias, apresentando experiências em energia limpa, biocombustíveis e políticas ambientais premiadas.</p>
<h3>Perspectivas políticas</h3>
<p>Questionado sobre o cenário nacional, Verri avaliou que o governo do presidente <b>Lula</b> entregou avanços econômicos e sociais mesmo diante de um ambiente polarizado. Ele afirmou que, apesar das turbulências internacionais e do “tarifaço” dos Estados Unidos sob o presidente <b>Donald Trump</b>, o Brasil mantém estabilidade, crescimento e protagonismo global.</p>
<h3>Convite ao turismo</h3>
<p>Enio Verri também incentivou os brasileiros a visitarem Itaipu, destacando a grandiosidade da obra e a beleza natural da região de Foz do Iguaçu.</p>
<blockquote>“É uma soma fantástica que mostra a capacidade revolucionária do ser humano. Além das cataratas, visitar Itaipu é conhecer uma obra-prima da engenharia e da integração regional”, concluiu. Assista:</blockquote>
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Entrevistas

Enio Verri: Itaipu garante a segurança energética do Brasil

<p><b>247 -</b> Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Santiago Peña, do Paraguai, conversaram nesta quinta-feira (3) a respeito das investigações em curso sobre atividades não autorizadas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação ao país vizinho.&nbsp;</p>
<p>Ambos reiteraram o respeito e o diálogo como princípios fundamentais da relação entre os dois países, de acordo com o relato publicado pela Agência Gov após o encontro entre os líderes em Buenos Aires, na Argentina, às margens da cúpula do Mercosul.&nbsp;</p>
<p>Ambos os presidentes se comprometeram a retomar a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as condições de partilha da energia excedente gerada pela empresa.</p>
<p>Uma operação hacker teria sido feita pela Abin para a obtenção de informações sigilosas de autoridades paraguaias envolvidas em negociações sobre a usina de Itaipu, de propriedade binacional. O monitoramento da Abin teria ocorrido entre junho de 2022 e março de 2023, segundo a Agência Brasil.</p>
<p>O caso levou o governo do país vizinho a convocar seu embaixador no Brasil e o embaixador brasileiro em Assunção para esclarecimentos, um gesto diplomático que formaliza o descontentamento de um país com outro.</p>

Presidentes do Paraguai e do Brasil, Santiago Peña e Luiz Inácio Lula da Silva, em Buenos Aires, Argentina - 03/07/2025

Lula e presidente do Paraguai conversam sobre investigações do caso de espionagem da Abin

<p><b>247</b> - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (3) a importância da presidência brasileira no Mercosul e afirmou que um de seus compromissos é “concluir o acordo Mercosul-União Européia nos próximos seis meses”.&nbsp;</p>
<p>“O próximo semestre será um período de muito trabalho. O Brasil assumiu a responsabilidade de sediar a COP 30 em um momento de graves turbulências para o multilateralismo. O apoio do Mercosul e de toda a América do Sul será imprescindível”, acrescentou Lula no Instagram.</p>
<p>O Mercosul é formado por quatro países - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 2015, a Bolívia teve o seu Protocolo de Adesão assinado por todos os Estados Partes do bloco. Em julho de 2024, o país entregou o Instrumento de Ratificação e tem um prazo de até 4 anos para entrar na aliança.</p>
<p>O presidente argentino, Javier Milei, foi quem repassou a presidência do bloco para o Brasil. De acordo com as normas atuais, existe um revezamento semestral na gestão do Mercosul.&nbsp;</p>
<p>O intercâmbio entre os países do Mercosul foi de US$ 17,5 bilhões de janeiro a maio de 2025. As exportações brasileiras alcançaram US$ 10,2 bilhões e as importações, US$ 7,2 bilhões, superávit de US$ 3 bilhões.&nbsp;</p>
<p>A pauta de importações brasileiras é baseada, em grande parte, em veículos automotores para transporte de mercadorias e de passageiros, trigo e centeio não moídos e energia elétrica. O Brasil exporta majoritariamente para o Mercosul veículos de passageiros e mercadorias, produtos da indústria de transformação e minério de ferro.</p>
<p>O governo Lula afirmou que a presidência brasileira no bloco terá cinco eixos:</p>
<ol>
  <li>Fortalecimento do comércio entre países do bloco e com parceiros externos</li>
  <li>Enfrentamento da mudança do clima e promoção da transição energética</li>
  <li>Desenvolvimento tecnológico</li>
  <li>Combate ao crime organizado</li>
  <li>Promoção dos direitos dos cidadãos do Mercosul</li>
</ol>
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font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"></div> <div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div> <div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"></div> <div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"></div> <div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"></div></div><div style="margin-left: 8px;"> <div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"></div> <div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; 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overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/DLpy8iuOvgE/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Luiz Inácio Lula da Silva (@lulaoficial)</a></p></div></blockquote> <script async src="//www.instagram.com/embed.js"></script></div>

Leonardo Lucena

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da 66ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e dos Estados Associados. Palácio San Martín, Buenos Aires, Argentina

Lula: ‘Brasil assume presidência do Mercosul em um momento de graves turbulências. O apoio da América do Sul é imprescindível’

<p><b>247 –</b> O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta terça-feira (20), durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, que o excedente de energia do Paraguai na hidrelétrica de Itaipu pode ser usado para impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) em seu país. A declaração foi registrada pelo jornal <i>Valor Econômico</i> e gerou desconforto nos bastidores da diplomacia sul-americana.</p>
<p>Rubio respondia a uma pergunta do senador republicano John Curtis, de Utah, sobre a participação dos EUA na COP30, quando desviou o foco da conferência do clima, que será sediada em Belém, para tratar de Itaipu, destacando que a política externa dos EUA deve priorizar questões energéticas “pelos próximos 100 anos”. Em tom assertivo, o secretário disse: “Temos que discutir como investiremos em países que têm um suprimento de energia capaz de atender a essa demanda. Como, por exemplo, o Paraguai, que tem uma usina hidrelétrica com um acordo de longo prazo com o Brasil para a venda de 50% da energia produzida. Agora que esse contrato expirou estão analisando o que fazer com este excedente de energia que não vai mais para o Brasil.”</p>
<p>A fala de Rubio, além de revelar o interesse estratégico norte-americano no uso da energia de Itaipu, acrescenta um novo elemento de tensão nas já delicadas negociações entre Brasil e Paraguai sobre o chamado “Anexo C” do tratado da usina. O contrato original, firmado em 1973 e vigente por 50 anos, expirou em 2023 após a quitação da dívida de construção da usina. Com o fim do acordo anterior, o excedente da energia paraguaia, que antes era automaticamente comprado pelo Brasil, passa a ser objeto de novas tratativas.</p>
<p>Em 2024, um acordo foi anunciado entre o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e o presidente paraguaio, Santiago Peña. O entendimento prevê que, a partir de 2027, o Paraguai poderá vender sua cota de energia diretamente para o mercado livre brasileiro, incluindo a indústria. Contudo, o andamento dessas negociações foi interrompido por um incidente diplomático: a denúncia de uma suposta invasão de “hackers” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em comunicações de autoridades paraguaias. O episódio levou Assunção a suspender temporariamente as tratativas sobre o Anexo C.</p>
<p>Outro ponto de atrito na relação bilateral foi a disputa pela presidência da Organização dos Estados Americanos (OEA). O Brasil articulou apoio ao candidato do Suriname, em detrimento da candidatura paraguaia, vista como próxima do ex-presidente Donald Trump. A movimentação encerrou uma longa hegemonia americana à frente da organização e causou novo desconforto entre os vizinhos sul-americanos.</p>
<p>No Brasil, a declaração de Rubio foi recebida com cautela. No Palácio do Planalto, a avaliação predominante é de que ainda não se trata de uma proposta formal por parte do governo norte-americano. Já no Itamaraty, apesar de o ministério manter silêncio oficial por conta da negociação do Anexo C, a leitura é de que a fala pode ser interpretada como um sinal a investidores do setor de IA interessados em se instalar no Paraguai, aproveitando o excedente energético.</p>
<p>Setores do governo brasileiro demonstram apreensão com a possibilidade de os Estados Unidos se adiantarem na atração de “data centers” — estruturas que consomem altíssima quantidade de energia para armazenar e processar dados — com base na energia de Itaipu. Isso pode esvaziar planos semelhantes do Brasil, especialmente os elaborados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que aposta na utilização do excedente de energia renovável nacional como diferencial competitivo para atrair empresas de tecnologia.</p>
<p>É importante lembrar que, embora Brasil e Paraguai tenham prioridade no consumo da energia de Itaipu, empresas estrangeiras podem se beneficiar do uso da eletricidade, desde que estejam instaladas em território de um dos dois países. Por isso, autoridades brasileiras consideram que o país não pode ser visto como um entrave ao desenvolvimento de projetos energéticos, sobretudo porque foi o Brasil quem financiou a linha de transmissão que leva a energia da usina até Assunção.</p>
<p>A disputa pelo uso da energia de Itaipu, portanto, extrapola a lógica comercial e se insere num cenário de geopolítica energética cada vez mais complexo, em que potências globais como os Estados Unidos buscam assegurar suprimento elétrico para garantir vantagem tecnológica na corrida pela inteligência artificial. O Brasil, por sua vez, precisa equilibrar seus interesses estratégicos com a manutenção de uma relação estável com o Paraguai e com sua própria segurança energética.</p>

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio -
 17/04/2025

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Marco Rubio quer excedente de energia do Paraguai em Itaipu para impulsionar IA nos Estados Unidos

<p><b>Agência Brasil -</b> A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Civil e com o Ministério Público Federal, deflagrou uma operação com o objetivo de prender criminosos envolvidos na fabricação clandestina de cigarros no estado do Rio de Janeiro.</p>
<p>Na ação, os policiais localizaram uma fábrica clandestina de cigarros paraguaios falsificados em Vigário Geral, bairro na zona norte do Rio. Cinco homens foram presos em flagrante, todos suspeitos de atuar como gerentes e supervisores da fabricação ilegal.</p>
<p>O galpão operava plenamente na fabricação de cigarros e abrigava 22 trabalhadores de origem paraguaia submetidos a condições análogas à escravidão, que foram resgatados durante a ação. A estrutura tinha alta capacidade de produção e era responsável pela distribuição dos cigarros paraguaios, que têm a venda proibida no Brasil, em todo o estado do Rio de Janeiro.</p>
<p>De acordo com as investigações, a fábrica pertence ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Ele está foragido da Justiça e está com a prisão preventiva decretada por ter mandado matar contraventores rivais. Adilsinho também é o patrono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.&nbsp;</p>
<p>Os presos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. Os trabalhadores paraguaios serão liberados e enviados ao país de origem. Todo o material e os equipamentos usados na fabricação dos cigarros serão levados ao Depósito da Receita Federal, onde serão acautelados e submetidos à perícia técnica.</p>

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