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Ex-representante permanente de Singapura na ONU concede entrevista exclusiva ao CMG

Kishore Mahbubani elogiou as conquistas da governança do Partido Comunista da China (PCCh)

Ex-representante permanente de Singapura na ONU concede entrevista exclusiva ao CMG (Foto: CGTN)

CGTN – O ex-representante permanente de Singapura na Organização das Nações Unidas (ONU), Kishore Mahbubani, concedeu uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês).

Kishore Mahbubani compareceu a uma coletiva de imprensa para o Relatório sobre Abertura Mundial em 2025 antes de ser entrevistado pelo veículo de imprensa chinês. Segundo ele, o Ocidente tem um ponto de vista de que o mundo está seguindo um caminho de “desglobalização”. Diante desta situação, é muito significativa a divulgação do relatório. De acordo com o documento, a abertura global neste ano teve um nível relativamente mais baixo. Vale dizer que quem está com receio de globalização são os países ocidentais, especialmente os Estados Unidos. Já os países da Ásia, muito pelo contrário, são aqueles que estão integrando positivamente a esta tendência, embora não sejam as nações que mais se beneficiaram da globalização.

Ex-representante permanente de Singapura na ONU concede entrevista exclusiva ao CMG

Kishore Mahbubani expressou sua admiração à Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês) após participar pela primeira vez do evento. Ele disse que a China é o único país que realiza uma feira comercial desta categoria no mundo e apontou que, no passado, as nações ocidentais frequentemente importavam grande fluxo de produtos de todos os cantos do mundo e tinham a capacidade de organizar a exposição internacional de importação, mas não fizerem isso. Para Kishore Mahbubani, esse evento organizado pela China tem grande significado. O ex-diplomata de Singapura ainda mencionou a política de tarifa zero adotada pelo governo chinês para os produtos importados dos países africanos, o que representa uma contribuição significativa da China ao desenvolvimento da África.

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Ao falar do encontro entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo estadunidense, Donald Trump, durante a 32ª Reunião da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul, Kishore Mahbubani considerou que o sucesso do diálogo entre os líderes dos dois países aliviou a tensão que pairava no cenário internacionl, sendo benéfico tanto para os dois países quanto para o mundo. Ele apontou que se os EUA tentarem se afastar de empresas chinesas e de sua influência global, isso não apenas significará a interrumpção da cooperação com a China, mas também o desacoplamento de outras regiões do mundo. Segundo Kishore Mahbubani, a forma mais sensata seria que os EUA parassem de reprimir o desenvolvimento da China e buscassem uma cooperação de benefícios recíprocos com o país.

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Quanto ao 15˚ Plano Quinquenal que está sendo traçado pela China, Kishore Mahbubani citou as palavras do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, afirmando que o país asiático possui uma estratégica completa e de longo prazo. Após a Guerra Fria, muitos economistas acharam que o plano quinquenal já não correspondia à tendência da época e deveria ser abandonado, e consideraram que tudo poderia ser decidido pelo mercado. No entanto, agora a situação já mudou, e não é possível fazer uma decisão de longo prazo somente com regulação de mercado. Se um país tiver vontade de se desenvolver, deve combinar a “mão invisível” do mercado livre com a visível do controle governamental, o que representa a essência do modelo de desenvolvimento da China.

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Kishore Mahbubani ainda ficou impressionado com o desenvolvimento vigoroso de robôs humanoides da China. Ele apontou que, atualmente, entre cada três robôs no âmbito internacional, um é fabricado pela China. O volume de produção de robôs do país já é muito superior ao de outros países. Kishore Mahbubani disse que o envelhecimento da população pode resultar em falta de mão de obras, por isso, é muito sensato que a China invista no setor de robótica. Ele espera que o país compartilhe estas experiências e conhecimento profissional com outras nações, a fim de elevar a eficiência de trabalho dos operários e das fábricas nos países em desenvolvimento. O ex-diplomata de Singapura ainda ressaltou que qualquer tentativa de impedir o desenvolvimento da ciência e tecnologia da China está fadada ao fracasso, algo que já foi provada repetidamente pela história.

Ex-representante permanente de Singapura na ONU concede entrevista exclusiva ao CMG

Kishore Mahbubani elogiou as conquistas da governança do Partido Comunista da China (PCCh), tomando o alívio de pobreza como o exemplo mais representativo. Para ele, a eliminação desse problema exige uma forte capacidade de governança. É bem aparente o fato da China implementar políticas e medidas muito corretas para garantir que uma grande quantidade da população possa sair da pobreza. Kishore Mahbubani acrescentou que, nos próximos 10 e até 20 anos, caso outros países possam introduzir a experiência da China nessa área, o estado de sobrevivência da humanidade terá uma melhoria significativa.