COP30: Ministério da Fazenda apresenta balanço de dois anos do Plano de Transformação Ecológica
Ministério destaca conquistas do plano e anuncia novas iniciativas globais na COP 30
247 - O Ministério da Fazenda apresentou, na COP 30 realizada em Belém, um balanço do Plano de Transformação Ecológica, durante o painel “Novo Brasil: Dois anos de Plano de Transformação Ecológica”, que encerrou a participação da pasta na primeira semana do evento. No evento, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, ressaltou que a agenda implementada desde 2023 consolidou uma nova direção para o desenvolvimento sustentável no país.
Resultados do plano e novas ações
Ao apresentar o balanço, Dubeux destacou que o plano estruturou medidas que abriram caminho para o lançamento de três iniciativas de alcance global na COP 30: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a Coalizão Aberta dos Mercados Regulados de Carbono e a Super Taxonomia. Segundo ele, “essa trajetória de sucesso na promoção do desenvolvimento sustentável pavimentou o caminho rumo ao lançamento da agenda de ações prioritárias do MF na COP 30”.
No cenário doméstico, o Ministério da Fazenda destacou a aprovação de leis voltadas para o Mercado Regulado de Carbono, Combustíveis do Futuro, energia eólica offshore e o marco do hidrogênio de baixo carbono, além dos leilões do Eco Invest Brasil, que já somam mais de R$ 75 bilhões. Dubeux também mencionou as emissões de Títulos Soberanos Sustentáveis, no montante de U$ 5,5 bilhões, e a criação da Taxonomia Sustentável Brasileira.
Eco Invest Brasil e impacto na economia
O Eco Invest Brasil foi apontado como um dos mecanismos com efeitos mais imediatos, já tendo realizado três leilões e lançado o quarto durante a COP 30, com foco na Amazônia e na bioeconomia. A iniciativa oferece proteção cambial, reduzindo riscos e atraindo recursos externos para projetos sustentáveis.
A subsecretária da Transformação Ecológica, Carolina Grottera, reforçou a amplitude das ações. Segundo ela, “o Plano de Transformação Ecológica é um grande conjunto de políticas, programas, instrumentos fiscais, regulatórios, creditícios”. Dubeux reforçou: “Uma mini revolução está em curso, com conjunto de instrumentos que foram aprovados e já estão implementados”.
Fundos e coalizões com participação internacional
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre já conta com a adesão de cerca de 50 países e recebeu aportes iniciais de U$ 5,5 bilhões, com meta de alcançar U$ 125 bilhões. “Chegamos aqui com a adesão de cerca de 50 países ao Fundo de Florestas Tropicais”, afirmou Dubeux.
A Coalizão Aberta dos Mercados Regulados de Carbono envolve países como União Europeia, China, Reino Unido, Noruega, Canadá, México, Chile, Nova Zelândia e Cingapura. Já a Super Taxonomia deve facilitar a interoperabilidade entre diferentes sistemas internacionais, orientando investimentos sustentáveis com base científica.
Setor privado destaca avanços
Representantes de empresas e instituições financeiras elogiaram o avanço das políticas ambientais brasileiras. Para a chefe de Sustentabilidade da WEG, Gabriela Vieira da Silva, “todos esses instrumentos criam um ambiente favorável e seguro para o investimento”.
A executiva da Natura, Isabela Dias, avaliou que o país agora possui diretrizes estruturadas em sintonia com a bioeconomia. Já Nabil Moura Kadri, diretor-adjunto do BNDES, afirmou: “O Brasil se diferencia no cenário internacional por ser altamente inovador do ponto de vista de finanças climáticas”.
Um novo momento para a agenda ambiental
Ao encerrar o painel, Rafael Dubeux afirmou que o país vive uma nova fase. “Acho que o Brasil avançou muito nesse período. Temos outro cenário, em comparação com dois, três anos atrás. Agora com uma série de incentivos bem desenhados, já implementados, já vigorando, já ofertando, para impactar verdadeiramente na economia. E, internacionalmente, apresentando essa agenda aqui na COP 30”.



