BNDES já aprovou R$ 16,18 bi para empresas afetadas pelo tarifaço de Trump
Operações priorizam micro e pequenas empresas e reforçam resposta às tarifas impostas pelos EUA
247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de R$ 16,18 bilhões em crédito para empresas brasileiras impactadas pelo tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o BNDES, o valor aprovado corresponde a 99,75% de todos os pedidos protocolados desde 18 de setembro, somando R$ 16,22 bilhões. No total, foram realizadas 1.131 operações envolvendo empresas de todos os portes, com destaque para as 810 concessões destinadas a micro, pequenas e médias empresas — o segmento mais afetado pelas tarifas unilaterais impostas pelos EUA.
Linhas de crédito e agilidade na aprovação
Do montante liberado, R$ 8,37 bilhões foram destinados à linha Giro Diversificação, voltada à conquista de novos mercados. Outros R$ 7,48 bilhões reforçaram a linha de Capital de Giro, responsável por despesas gerais, enquanto R$ 295,6 milhões seguiram para a linha Bens de Capital.
“Com agilidade e competência, o BNDES cumpriu a missão dada pelo presidente Lula de apoiar as empresas exportadoras brasileiras e fornecedores diante das medidas tarifárias impostas de maneira unilateral e injustificada”, declarou. Ele destacou também a velocidade da operação: “O tempo para a aprovação do crédito no Brasil Soberano pelo BNDES foi de apenas 26 dias, sete vezes mais rápido do que a média – uma atuação fundamental para garantir a manutenção dos empregos no Brasil”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Setores e estados mais beneficiados
A indústria de transformação foi o setor que mais recebeu recursos, somando R$ 12,4 bilhões. Comércio e serviços foram contemplados com R$ 2 bilhões, a agropecuária com R$ 1 bilhão e a indústria extrativa com R$ 203 milhões.
Entre os estados mais beneficiados, São Paulo lidera com R$ 4,7 bilhões aprovados, seguido por Santa Catarina (R$ 2,3 bilhões). Rio Grande do Sul e Paraná receberam R$ 2 bilhões cada, enquanto Minas Gerais somou R$ 1,1 bilhão e Bahia, R$ 500 milhões.



