Governo intensifica defesa pelo fim da escala 6x1
Governo busca extinguir jornada 6x1 e melhorar qualidade de vida de trabalhadoras e trabalhadores
247 - O governo federal ampliou sua mobilização política para consolidar o fim da escala 6x1 sem redução salarial, reafirmando que a mudança é fundamental para melhorar saúde, bem-estar e convivência familiar. A pauta ganhou destaque após reunião de coordenação no Palácio do Planalto, com ministros e parlamentares alinhando estratégias para avançar no Congresso Nacional.
Em uma entrevista, nesta quarta-feira (2), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, ressaltou que a proposta integra prioridades do governo Lula voltadas à ampliação de direitos trabalhistas.
Melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores
“Depois da isenção de pagamento do Imposto de Renda para quem recebe salário até R$ 5 mil, o fim da escala 6x1 ajuda a garantir qualidade de vida à maioria dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, disse Gleisi.
A ministra destacou que a mudança não envolve apenas a redução de horas, mas a criação de condições reais para que trabalhadoras e trabalhadores possam usufruir do tempo livre, resolver demandas pessoais e fortalecer vínculos familiares.
Reação ao relatório da subcomissão intensifica debate
O debate ganhou novo impulso após a apresentação do parecer do deputado federal Luiz Gastão, que propõe jornada de 40 horas semanais, mas mantém a escala 6x1. A posição contrariou a expectativa do governo e de parte significativa da sociedade.
Guilherme Boulos reagiu à proposta e afirmou que: “nós fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Então, vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala de trabalho 6x1, sem redução do salário, no parlamento, na sociedade, nas ruas, e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas”.
PEC 8/25 propõe nova jornada e extingue o modelo atual
A principal proposta em avaliação é a PEC 8/25, que estabelece jornada de quatro dias de trabalho e três de descanso, limitando a carga semanal a 36 horas e eliminando definitivamente o modelo 6x1. O objetivo é aprofundar o debate sobre impactos na saúde, produtividade e relações sociais.
A subcomissão especial da Câmara se reunirá nesta quarta-feira, 3 de dezembro, às 9h, para analisar e votar propostas legislativas antes de encaminhá-las à Comissão de Constituição e Justiça.
Parlamentares reforçam apoio à mudança histórica
O deputado federal Reginaldo Lopes, autor da primeira PEC sobre o tema (221/2019), reforçou o caráter transformador da medida. Em sua fala, afirmou: “O Governo do Brasil unifica sua posição e defende o direito ao descanso do povo trabalhador brasileiro. Isso é um ganho histórico, é o fim da escravidão moderna”.
A deputada Daiana Santos, autora do projeto de lei 67/2025, que reduz a jornada semanal de 44 para 40 horas, também destacou o avanço social representado pela proposta. “Eu acho que a sociedade brasileira já está amadurecida para esse momento”, declarou.



