Ministro do TCU amplia pressão sobre Banco Central e diz que pode suspender liquidação do Master
Apesar da determinação, o Banco Central deve encaminhar uma resposta formal ao TCU apenas na próxima semana
247 - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus decidiu intensificar a pressão sobre o Banco Central no caso da liquidação do Banco Master. Mais cedo, o TCU determinou que a autoridade monetária se manifeste até esta sexta-feira (26) a respeito da decretação da liquidação extrajudicial da instituição financeira. Segundo o ministro, a depender do teor da resposta apresentada pelo BC, o tribunal poderá adotar medidas cautelares, incluindo a restrição da atuação da autarquia no processo e até a suspensão da liquidação.
Apesar da determinação, o Banco Central deve encaminhar sua resposta formal ao TCU apenas na próxima semana, conforme informou a CNN Brasil, com base em fontes próximas ao assunto. De Jesus sustenta que a liquidação do Banco Master configura uma “medida extrema” e afirma haver indícios de uma “cronologia atípica” no processo decisório que culminou na intervenção.
A determinação do ministro do TCU ocorre após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que autorizou a realização de uma acareação, marcada para a próxima terça-feira (30), entre Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), e Ailton de Aquino, diretor do Banco Central.
Mais cedo, a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, afirmou que o ministro do STF Alexandre de Moraes teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para interceder em favor do Master, instituição investigada por suspeitas de fraude. Moraes negou a informação. O BC informou que os encontros entre Moraes e Galípolo tiveram como tema a aplicação da Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, da qual o magistrado foi alvo.



