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    "O caminho do ajuste fiscal não tem volta", diz Trabuco

    Banqueiros aguardam sinalização de Lula para acalmar os mercados e reduzir o dólar

    Luiz Carlos Trabuco (Foto: Reprodução)

    247 – O presidente do conselho diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou nesta sexta-feira, 29, que o ajuste fiscal é um caminho sem retorno, destacando o compromisso do setor financeiro com a estabilidade econômica do país. A declaração foi dada durante o tradicional almoço anual da Febraban, realizado em São Paulo, e reportada pela Exame. O evento reuniu dezenas de banqueiros, que avaliaram a necessidade de uma sinalização clara do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tranquilizar os mercados.

    Trabuco, que também preside o conselho de administração do Bradesco, elogiou os esforços das instituições brasileiras para a estabilização fiscal. “Aproveito para destacar os esforços da equipe econômica, do Banco Central, da classe política e da Justiça no processo de avanço da pauta de estabilização fiscal da economia. Tem nosso apoio e compreensão ao timing necessário para a evolução da agenda. O caminho do ajuste fiscal não tem volta”, declarou.

    Esperança em uma declaração presidencial

    Embora os discursos alinhados do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tenham sido bem recebidos pelos executivos, há consenso de que apenas uma manifestação pública e enfática de Lula pode reverter a desconfiança do mercado. Atualmente, o dólar é negociado acima de R$ 6, o Ibovespa sofre retração e a curva de juros futuros segue pressionada.

    Os banqueiros acreditam que uma declaração clara do presidente sobre o compromisso com o equilíbrio fiscal e cortes de gastos seria decisiva para estabilizar a economia e reduzir as incertezas. “A avaliação majoritária é de que somente uma declaração de Lula tem potencial para reduzir o preço do dólar, frear a retração do Ibovespa e colocar em queda a curva de juros futuros”, relatou a publicação.

    Ajuste fiscal em foco

    O pacote fiscal apresentado pelo governo, com a promessa de cortar R$ 70 bilhões em gastos nos próximos dois anos, foi mal recebido após a inclusão da proposta de isentar do Imposto de Renda (IR) contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais. O mercado interpretou a medida como contraditória ao esforço de equilíbrio das contas públicas, intensificando a pressão para uma resposta clara do presidente.

    Durante o evento, Haddad reiterou o compromisso da equipe econômica com o ajuste fiscal, afirmando que, se necessário, serão enviadas ao Congresso novas medidas de cortes de gastos. Essa postura foi considerada positiva pelos banqueiros, que também destacaram a importância do alinhamento entre Haddad e Galípolo para garantir a execução das políticas econômicas.

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