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Crédito do governo para pequenos negócios já financiou R$ 4 bilhões

O programa ProCred 360 foi criado em julho de 2024

Empreendedorismo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O programa ProCred 360, criado pelo Ministério do Empreendedorismo para ampliar o acesso ao crédito produtivo, já movimentou mais de R$ 4 bilhões desde seu lançamento. A iniciativa foi implementada em julho de 2024.

A linha de financiamento foi desenhada para atender MEIs, micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil, oferecendo juros até 50% menores do que os praticados pelo mercado financeiro tradicional.

O ProCred 360 tem como base R$ 1,5 bilhão em garantias fornecidas pelo Governo Federal aos bancos, recurso remanescente do Fundo de Garantia de Operações (FGO), antes utilizado no Desenrola. Esse montante permite alavancar até R$ 5 bilhões em crédito mais acessível, reduzindo burocracias e ampliando o alcance da política pública.

Com mais de 127 mil negócios beneficiados, o programa se soma ao Acredita — conjunto de ações voltadas ao fortalecimento do crédito produtivo — coordenado pelos ministérios da Fazenda; Empreendedorismo; e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

A taxa aplicada no ProCred 360 é Selic + 5% ao ano, equivalente a aproximadamente 1,5% ao mês, bem abaixo do custo médio oferecido pelas instituições financeiras para esse segmento. A proposta busca enfrentar um problema histórico: a dificuldade de pequenos empreendedores para acessar crédito por falta de garantias, o que tradicionalmente resulta em juros mais altos.

Para o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, a medida reduz desigualdades no sistema financeiro. “Com esse programa, criamos uma barreira de proteção para MEIs e microempresas. Antes, os pequenos competiam pelo mesmo crédito com os grandes. E os bancos geralmente preferem emprestar para os grandes, pois consideram um cliente de menor risco.”

Ele acrescenta que o impacto é direto sobre a economia real. “Esse crédito é para aquele pequeno comércio que precisa contratar mais um funcionário, para a lanchonete que precisa de um equipamento novo, para o entregador que precisa trocar a moto. Enfim, é para a imensa maioria dos CNPJs do país.”

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