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China acusa Japão de intrusão não autorizada e uso político de alegação de “radar” em área de exercícios militares

Porta-voz Guo Jiakun afirma que aviões japoneses invadiram zona de treinamento chinesa e depois se fizeram de vítimas

Porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Guo-Jiakun (Foto: Crédito: MRE da China)

247 – A China contestou de forma contundente as alegações do governo japonês sobre um episódio envolvendo caças da Força de Autodefesa do Japão (SDF) e aeronaves embarcadas da Marinha chinesa. A informação foi divulgada originalmente pelo Global Times.

Segundo a reportagem, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou nesta segunda-feira que “está claro para todos com mente sensata que é completamente mal-intencionado o lado japonês disseminar e inflar desinformação na área de segurança militar, criando tensões neste momento”. A declaração foi feita em resposta à acusação japonesa de que aviões de combate chineses teriam realizado “iluminação de radar” contra caças da SDF.

China diz que suas operações seguem padrões internacionais

Durante a coletiva, Guo destacou que Pequim já apresentou sua posição oficial sobre o episódio e que “os fatos são muito claros”. Ele afirmou que as atividades de treinamento e exercícios conduzidas pela China no mar e no espaço aéreo relevantes “estão totalmente em conformidade com o direito internacional e com as práticas internacionais, com todas as operações profissionais, padronizadas e acima de qualquer reprovação”.

O porta-voz acrescentou ainda que “é prática comum de todos os países que aeronaves embarcadas ativem seus radares de busca durante treinamentos de voo, o que é uma operação normal para garantir a segurança do voo”.

Intrusão japonesa é “o ponto-chave do incidente”, diz porta-voz

Guo Jiakun enfatizou que o ponto central da controvérsia não é o uso de radar, mas sim a conduta japonesa. “O ponto-chave do incidente está no fato de que caças japoneses intruíram de forma não autorizada na área de exercícios e treinamento do lado chinês, realizaram reconhecimento próximo e interferiram nas atividades militares chinesas”, declarou.

Ele acusou Tóquio de inverter responsabilidades e manipular a opinião pública: “O lado japonês então se fez de vítima ao inflar a questão da chamada ‘iluminação de radar’, confundindo certo e errado, transferindo a culpa para outros e enganando a opinião pública internacional”.

China apresenta protesto formal e exige fim das provocações

O governo chinês, segundo Guo, manifestou forte insatisfação e oposição ao comportamento japonês. “A China apresentou representações sérias e forte protesto ao lado japonês”, disse.

O porta-voz completou com um apelo direto: “Instamos fortemente o lado japonês a interromper imediatamente seus movimentos perigosos de assediar o exercício e treinamento militar normais da China, e a parar toda a desinformação irresponsável”.

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