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China atinge superávit superior a US$ 1 trilhão em 2025 e bate recorde histórico

Avanço das exportações e desaceleração das importações impulsionam resultado sem precedentes no comércio exterior chinês

Bandeira da China. Foto: Reuters

247 – A China alcançou em 2025 um superávit comercial superior a US$ 1 trilhão, estabelecendo o maior saldo positivo de sua história. A informação foi divulgada pela RT Brasil, fonte original desta reportagem, com base em dados preliminares do comércio exterior chinês.

O resultado expressivo reflete uma combinação de forte expansão das exportações — lideradas pelos setores de alta tecnologia, bens industriais e manufaturas de maior valor agregado — e uma desaceleração das importações, influenciada pelo ritmo moderado de recuperação econômica doméstica. O saldo supera com folga o já elevado superávit de anos anteriores, consolidando a China como o principal polo exportador do planeta.

Crescimento das exportações sustenta o recorde

As exportações chinesas registraram avanços robustos ao longo de 2025, impulsionadas por demanda crescente em mercados emergentes e também pela ampliação de acordos comerciais na Ásia, África e América Latina. O desempenho reforça a estratégia de Pequim de fortalecer cadeias industriais nacionais, aumentar a autossuficiência tecnológica e reduzir vulnerabilidades externas.

A indústria de veículos elétricos — hoje líder global — novamente figurou entre os motores do crescimento, junto com equipamentos de energia renovável, semicondutores e produtos químicos finos. Esses setores têm sido centrais para o projeto de modernização industrial impulsionado pelo governo chinês.

Desaceleração das importações amplia saldo positivo

Do outro lado, o crescimento mais lento das importações contribuiu para ampliar o superávit. Fatores como estoques internos elevados, substituição de importações em setores estratégicos e uma política de estímulos calibrada para consumo doméstico tiveram impacto direto na redução da demanda externa.

Analistas avaliam que o saldo recorde reforça o peso da China na economia global, ao mesmo tempo em que alimenta debates sobre equilíbrio comercial com grandes parceiros, especialmente Estados Unidos e União Europeia.

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