China busca ampliar cooperação global em encontro com líderes de organismos econômicos
Li Qiang defende governança internacional mais justa e abertura de mercados em diálogo com chefes de dez instituições globais
247 - O primeiro-ministro chinês Li Qiang reuniu-se nesta terça-feira (9) com lideranças de dez das principais organizações econômicas internacionais, em encontro realizado na Casa de Hóspedes Diaoyutai, em Pequim. A reunião, conhecida como diálogo “1+10”, contou com a participação de Dilma Rousseff, do Novo Banco de Desenvolvimento, Ajay Banga, do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, do FMI, Ngozi Okonjo-Iweala, da OMC, Rebeca Grynspan, da UNCTAD, Gilbert F. Houngbo, da OIT, Pablo Hernández de Cos, do BIS, Andrew Bailey, do FSB, Jin Liqun, do AIIB, e Frantisek Ruzicka, da OCDE.
Li Qiang afirmou que o encontro buscou consolidar consensos e incentivar ações conjuntas para fortalecer um sistema de governança global mais equilibrado. O chefe de governo destacou que a iniciativa chinesa de Governança Global, apresentada em setembro por Xi Jinping, oferece diretrizes para enfrentar desafios comuns e impulsionar o desenvolvimento compartilhado.
Nos debates, Li Qiang observou que a economia mundial de 2025 avança em meio a instabilidades e transformações que exigem reformas profundas na governança econômica internacional. Para ele, a abertura e a cooperação devem ser pilares centrais das estratégias multilaterais. O primeiro-ministro defendeu a ampliação do acesso a mercados, a despolitização das relações comerciais, o incentivo à inovação conjunta e a construção de novos motores de crescimento.
O líder chinês também ressaltou que a China permanece firme na defesa da abertura econômica. Disse ainda que, apesar das pressões externas, o país alcançou resultados relevantes ao longo do ano e mantém confiança no cumprimento das metas de desenvolvimento. Li Qiang destacou que as recomendações aprovadas pelo recente quarto plenário do 20º Comitê Central traçam um plano estratégico para os próximos cinco anos, período no qual a economia chinesa deve avançar para um novo patamar, impulsionada por modernização industrial e expansão do mercado interno.
Ao reforçar o compromisso com o multilateralismo, o primeiro-ministro afirmou que a China está disposta a aprofundar parcerias que fortaleçam um sistema internacional de comércio mais inclusivo. Ele afirmou que o país seguirá contribuindo com bens públicos globais, ampliando sua participação construtiva em iniciativas internacionais e colaborando para a estabilidade econômica mundial.
As lideranças internacionais presentes reconheceram o papel de destaque da China na economia global. Segundo elas, o crescimento chinês ao longo do último ano trouxe impacto positivo significativo ao mundo, e o 15º Plano Quinquenal do país está alinhado às necessidades do comércio e das finanças internacionais. Os dirigentes elogiaram o apoio chinês ao multilateralismo, à promoção do desenvolvimento no Sul Global e à construção de uma comunidade internacional de futuro compartilhado.
As organizações manifestaram disposição para estreitar a cooperação com Pequim em temas como comércio e investimentos, desenvolvimento verde, inteligência artificial, bem-estar social, estabilidade financeira e sustentabilidade. Também destacaram a importância de trabalhar ao lado da China na defesa do sistema de livre comércio e na promoção do crescimento econômico global.
O dirigente chinês Wu Zhenglong participou das atividades.



