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China condena venda de armas dos EUA a Taiwan e cobra fim de ação perigosa

Pequim afirma que pacote militar aprovado por Washington viola o princípio de Uma Só China e ameaça a estabilidade no Estreito de Taiwan

China realiza exercícios miliares em torno de Taiwan (Foto: Reuters)

247 - O governo chinês reagiu com veemência à decisão dos Estados Unidos de autorizar um amplo pacote de vendas de armas para Taiwan, classificando a medida como um ato perigoso que amplia tensões na região e compromete a paz no Estreito de Taiwan. A posição foi expressa nesta quinta-feira por autoridades do Ministério das Relações Exteriores da China, que exigiram a interrupção imediata do fornecimento de armamentos à ilha.

Segundo Pequim, a iniciativa norte-americana representa uma afronta direta à soberania chinesa e aos compromissos assumidos entre os dois países. A crítica foi detalhada pelo porta-voz do ministério, Guo Jiakun, durante entrevista coletiva, conforme noticiado pela agência  Xinhua.

Guo afirmou que Washington anunciou “de forma descarada” a intenção de vender armamentos avançados para Taiwan, desrespeitando o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos firmados entre China e Estados Unidos. Para o porta-voz, a decisão norte-americana compromete seriamente a segurança nacional e a integridade territorial chinesa.

Ainda de acordo com Guo Jiakun, a venda de armas norte-americanas agrava as tensões regionais e envia “um sinal gravemente equivocado” a grupos que defendem a separação de Taiwan da China. Ele ressaltou que a medida interfere diretamente na estabilidade do Estreito de Taiwan e amplia riscos para a paz regional.

A diplomacia chinesa reiterou que Taiwan é parte inalienável do território da China e que qualquer tentativa externa de reforçar capacidades militares da ilha representa uma ameaça direta à ordem internacional e aos entendimentos diplomáticos existentes entre Pequim e Washington.

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