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Isolado, Netanyahu buscou "reconvocar" os EUA para a guerra ao provocar o Irã, avalia o governo brasileiro

O ataque ao consulado iraniano na Síria teria sido uma tentativa de envolver os EUA diretamente, deslocando o foco para o Irã, percebido como uma ameaça pelos estadunidenses

Benjamin Netanyahu e Joe Biden (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)
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247 - O ataque de Israel ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, seguido pela resposta do Irã, desencadeou uma série de movimentos diplomáticos e militares e, na avaliação do governo brasileiro, segundo Jamil Chade, do UOL, Israel buscava com seu movimento atrair novamente o apoio dos Estados Unidos.

De acordo com análises circulando entre a cúpula do governo Lula (PT), o ataque israelense foi interpretado como uma tentativa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de reafirmar a importância estratégica de Israel para os Estados Unidos, em um momento em que Biden adotava uma postura mais crítica em relação às ações israelenses, especialmente pela ofensiva em Gaza. O endurecimento do discurso de Biden, aliado à abstenção dos EUA em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo, foi visto como um sinal claro da distância entre os dois líderes.

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A mudança de tom por parte de Biden gerou uma pressão adicional sobre Netanyahu, que já enfrentava desafios internos e externos. Diante desse cenário, a análise interna do governo israelense indicava a necessidade de "reconvocar" os EUA para garantir a segurança de Israel e evitar o isolamento de Netanyahu. O ataque ao consulado iraniano em Damasco foi, portanto, uma tentativa de envolver os Estados Unidos em um engajamento direto, deslocando o foco da guerra para o Irã, percebido como uma ameaça pelos americanos. Ao prever uma resposta do Irã, Israel buscava forçar uma reação dos EUA em defesa de seu aliado.

Embora Biden tenha reafirmado o apoio dos Estados Unidos a Israel publicamente e tenha colaborado na interceptação dos mísseis iranianos, os bastidores revelaram uma pressão da Casa Branca para evitar uma escalada militar. Ficou claro que os EUA não estão dispostos a se envolver em um conflito direto com o Irã.

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Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, a tensão entre as potências era evidente, mas tanto americanos quanto iranianos buscaram evitar um confronto direto. O embaixador dos EUA afirmou que seu país não buscava um conflito, enquanto a delegação iraniana indicou uma postura moderada ao aceitar a intervenção dos militares americanos sem interpretar isso como um sinal de guerra iminente.

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