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Na ONU, China e Rússia criticam EUA e apoiam Venezuela

Por sua vez, Trump exige que Caracas devolva o que classificou como petróleo, terras e outros ativos “roubados” dos EUA

Reunião do Conselho de Segurança da ONU (Foto: Nações Unidas)

247 - A China instou os Estados Unidos a atenderem ao apelo da comunidade internacional e a cessarem suas ações de escalada contra a Venezuela, afirmou nesta terça-feira (23) o vice-embaixador chinês na ONU Sun Lei. As informações são da agência Sputnik. 

“Pedimos aos Estados Unidos que atendam ao justo apelo da comunidade internacional, interrompam imediatamente as ações pertinentes e evitem uma nova escalada das tensões”, declarou o diplomata durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Venezuela.

Pequim também exortou Washington a garantir a segurança da navegação dos países da região, respeitar seus direitos previstos no direito internacional e conduzir atividades normais de aplicação da lei, acrescentou.

O embaixador da Rússia junto às Nações Unidas, Vassily Nebenzia, advertiu que as ações dos EUA na Venezuela podem estabelecer um precedente para futuros usos da força contra países da América Latina, em consonância com a Doutrina Monroe.

“Essa intervenção que está em curso pode se tornar um modelo para futuros atos de força contra Estados latino-americanos, de acordo com o chamado Corolário Trump e a Doutrina Monroe, consagrados na política de segurança nacional dos Estados Unidos recentemente publicada”, afirmou Nebenzia durante um briefing da ONU.

A Rússia, segundo o diplomata, espera que o bom senso prevaleça e que os Estados Unidos evitem desencadear um conflito armado de grandes proporções na América Latina.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a Venezuela com um choque sem precedentes, exigindo que Caracas devolvesse o que classificou como petróleo, terras e outros ativos “roubados” dos EUA. As declarações foram feitas juntamente com promessas de iniciar em breve ataques contra supostos traficantes de drogas em terra, como parte da campanha mais ampla de Washington contra o narcotráfico na região. 

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