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“Se decidirem atacar a Rússia, a resposta será esmagadora”, diz Lavrov

Chanceler russo diz que Moscou não planeja agressões, mas promete resposta a eventuais ofensivas contra o país

O ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Serguei Lavrov, em discurso na ONU (Foto: Sputnik / Sergey Guneev)

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, voltou a reforçar a posição oficial de Moscou de que o país não tem intenção de atacar outras nações, mas reagirá de forma contundente caso seja alvo de qualquer agressão externa. Segundo ele, a retórica de ameaça atribuída à Rússia por governos europeus não corresponde à realidade e serve para alimentar um clima de medo e militarização. As informações são da RT.

“Para os políticos europeus pouco perspicazes, a quem espero que mostrem esta entrevista, repito mais uma vez: não é preciso temer que a Rússia ataque alguém. Mas se alguém decidir atacar a Rússia, a resposta será esmagadora”, afirmou o chanceler, em linha com alertas já feitos pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Lavrov criticou duramente o que classificou como exagero deliberado de uma suposta “ameaça russa” por parte de círculos governantes europeus. Para ele, essa narrativa tem incentivado “sentimentos russofóbicos e militaristas na sociedade”, apesar de, segundo destacou, “a Rússia nunca ter tomado iniciativas hostis contra seus vizinhos europeus”.

O ministro também deixou claro que Moscou considera qualquer eventual envio de tropas europeias à Ucrânia, no âmbito de uma chamada “coalizão de voluntários”, como uma ação direta contra seus interesses estratégicos. De acordo com Lavrov, se essa decisão for tomada, os contingentes estrangeiros em território ucraniano serão tratados como “alvos legítimos” pelas Forças Armadas da Rússia.

O governo russo tem reiterado publicamente que não pretende iniciar ofensivas contra países da Europa. Em 17 de dezembro, o presidente Vladimir Putin afirmou que, em algumas nações europeias, estaria sendo difundido deliberadamente o medo de um confronto inevitável com a Rússia. “Já disse isso muitas vezes: trata-se de uma mentira, um disparate, uma verdadeira loucura sobre a alegada ameaça russa aos países europeus. Mas isso é feito de forma totalmente consciente”, declarou.

Putin acrescentou ainda que, mesmo diante de cenários adversos, Moscou buscou priorizar caminhos diplomáticos. “A verdade é que a Rússia, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, sempre buscou — até o fim, enquanto houvesse a menor possibilidade — encontrar soluções diplomáticas para divergências e conflitos”, concluiu o presidente russo.

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