Trump ameaça democratas ao citar possível “último Natal” em meio ao caso Epstein
Presidente dos Estados Unidos afirma que oposição terá de se explicar após divulgação de documentos sobre o escândalo envolvendo Jeffrey Epstein
247 - O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras ameaças públicas a integrantes do Partido Democrata ao comentar a divulgação de documentos relacionados ao caso do financista Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual infantil. Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou que o Natal deste ano pode ser o último para seus adversários políticos, sugerindo que novas revelações poderão comprometer a reputação de membros do partido de oposição.
A declaração foi divulgada pela agência TASS, que reportou a reação do presidente após a liberação parcial de arquivos ligados ao escândalo Epstein pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Em sua conta na plataforma Truth Social, Trump escreveu: “Agora os mesmos perdedores estão fazendo tudo de novo, só que desta vez muitos de seus amigos, em sua maioria inocentes, serão gravemente prejudicados e terão suas reputações manchadas. Mas, infelizmente, é assim que as coisas são no mundo da política democrata corrupta!!! Aproveitem o que pode ser seu último Feliz Natal!”.
No mesmo texto, o presidente dos Estados Unidos afirmou que os democratas “terão muito o que explicar” quando detalhes do envolvimento de figuras ligadas ao partido no caso Epstein vierem a público. Trump também sustentou que acusações sobre sua própria participação nos crimes atribuídos ao financista acabarão se mostrando falsas.
A polêmica ganhou força após o Departamento de Justiça divulgar, em 19 de dezembro, cerca de 4.000 documentos e fotografias relacionados a Epstein. Grande parte do material, no entanto, veio com trechos extensamente censurados, o que provocou críticas de parlamentares norte-americanos. Legisladores apontaram que informações relevantes continuariam sob sigilo, incluindo registros da investigação, tratativas de acordos judiciais e comunicações internas do próprio Departamento de Justiça.
Jeffrey Epstein foi preso pelas autoridades do estado de Nova York em 6 de julho de 2019. Segundo o Ministério Público, havia evidências de que, entre 2002 e 2005, ele teria levado dezenas de meninas menores de idade para sua residência em Manhattan, sendo a mais jovem com apenas 14 anos. O financista mantinha relações com um amplo círculo de autoridades e personalidades influentes, tanto dos Estados Unidos quanto de outros países, incluindo ex-chefes de Estado, grandes empresários e figuras do entretenimento.
O processo criminal contra Epstein nos Estados Unidos foi encerrado após sua morte em agosto de 2019, quando ele tirou a própria vida em uma cela de prisão, episódio que até hoje alimenta controvérsias e questionamentos sobre o desfecho do caso.


