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BNDES libera R$ 2 bilhões para ferrovia estratégica em Mato Grosso

Recursos vão financiar trecho inicial da Ferrovia do Mato Grosso e ampliar o escoamento da produção agroindustrial

BNDES libera R$ 2 bilhões para ferrovia estratégica em Mato Grosso (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um apoio financeiro de R$ 2 bilhões para a Rumo S.A., destinado à conclusão da primeira etapa da Ferrovia do Mato Grosso (FMT). O projeto ferroviário é considerado estratégico para ampliar a logística de transporte da produção agroindustrial do estado e integrar os modais rodoviário e ferroviário.

O aporte será realizado por meio da subscrição de debêntures, operação coordenada pelo próprio banco de fomento e que totalizou uma emissão de R$ 2 bilhões. Os recursos serão aplicados na ligação ferroviária entre os municípios de Rondonópolis e Dom Aquino, em um trecho de 162 quilômetros, com previsão de conclusão das obras no segundo semestre de 2026.

O investimento faz parte de um projeto mais amplo de infraestrutura logística. O traçado completo da Ferrovia do Mato Grosso prevê cerca de 743 quilômetros de extensão, a serem implantados em cinco fases, conectando Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com a inclusão de um ramal destinado a Cuiabá.

Em comunicado oficial, o BNDES destacou a atuação recorrente da Rumo no mercado de crédito. “A Rumo é uma emissora frequente no mercado de crédito brasileiro. Só em 2025, foram realizadas três emissões, em um total de R$ 4,8 bilhões captados em debêntures incentivadas com o objetivo de financiar seus investimentos na Ferrovia do Mato Grosso e na Malha Paulista, entre outros. O apoio do BNDES é parte desse montante e complementa a estrutura de funding necessária aos investimentos”, informou o banco.

Segundo o BNDES, a execução das obras da ferrovia deve gerar aproximadamente 114 mil empregos ao longo das diferentes etapas do empreendimento. A expectativa é de que o novo corredor logístico amplie significativamente a capacidade de escoamento da produção agroindustrial de Mato Grosso, um dos principais polos do agronegócio brasileiro.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou os impactos econômicos, logísticos e ambientais do projeto. “Essa ferrovia representa um avanço significativo para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, com redução de custos logísticos, aumento da competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e alívio na sobrecarga das rodovias, prioridades do governo do presidente Lula. Além disso, a ferrovia trará impactos positivos sobre a sustentabilidade ambiental, uma vez que o modal ferroviário apresenta menores índices de emissão de carbono em comparação ao transporte rodoviário”, afirmou.

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