BSCA critica manutenção da tarifa dos EUA sobre café brasileiro
Associação alerta que imposto de 40% imposto pelo governo Trump agrava queda das exportações de especiais aos EUA
247 - A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) manifestou preocupação com a decisão do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de manter a tarifa adicional de 40% sobre o café brasileiro. A informação foi divulgada originalmente pela IstoÉ Dinheiro e reacendeu o debate sobre o impacto direto dessa política no setor.
Segundo a publicação da IstoÉ Dinheiro, a nova ordem executiva assinada na sexta-feira (14) retirou apenas a taxa recíproca de 10%, mantendo, porém, o adicional de 40% em vigor desde agosto de 2024. Para a BSCA, a medida representa um obstáculo significativo para o comércio bilateral. A entidade afirma que “tal situação, de manutenção de elevada posição tarifária imposta ao Brasil, amplia as distorções no comércio e tende a intensificar, no curto prazo, a queda nas exportações de cafés especiais aos Estados Unidos”.
A associação relatou que, entre agosto e outubro, período de vigência do aumento tarifário, as exportações de cafés especiais brasileiros para os EUA — principal destino desse tipo de produto — recuaram cerca de 55%, passando de 412 mil para 190 mil sacas de 60 kg.
Diante desse cenário, a BSCA fez um apelo por avanços diplomáticos imediatos entre os dois países. Em nota, destacou que “anseia pela aceleração das negociações entre Brasil e EUA, de modo a corrigir as distorções no comércio cafeeiro entre os países, o qual desejamos que tenha seu fluxo normal restabelecido o mais rápido possível, já nas próximas semanas, dada a urgência que o tema demanda”.



