Itaú amplia posição no Nubank e reforça aposta na fintech
Banco brasileiro eleva participação para 6,7 milhões de ações após novas compras e movimenta US$ 106 milhões
247 - O Itaú Unibanco aumentou sua exposição ao Nubank ao adquirir, no terceiro trimestre, 3,8 milhões de ações adicionais da fintech. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo, que teve acesso aos registros encaminhados à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos.
Segundo a publicação, os documentos enviados à SEC mostram que o banco brasileiro passou a deter 6,7 milhões de papéis do Nubank, avaliados em US$ 106 milhões. A ampliação reflete as posições mantidas até o fim do terceiro trimestre, conforme exigem as normas de transparência do mercado norte-americano.
As compras foram realizadas entre os meses de julho e setembro, com valor estimado em US$ 60 milhões considerando os preços de fechamento da sexta-feira (21). Com esse movimento, o Nubank passou a representar 3,6% da carteira de investimentos do Itaú nos Estados Unidos, tornando-se a sexta maior posição da instituição no país.
No início da tarde desta terça-feira (25), as ações do Nubank (NU), listadas na Bolsa de Nova York (NYSE), registravam alta de 0,38%, cotadas a US$ 15,99. Já os papéis do Itaú (ITUB4), negociados na B3, avançavam 0,40% em meio a um pregão de relativa estabilidade no mercado doméstico.
A ampliação da fatia do banco na fintech reforça a estratégia do Itaú de diversificar seu portfólio e fortalecer sua presença no ecossistema digital, em um cenário de crescente valorização das instituições financeiras inovadoras.
Histórico de investimentos em fintechs
A trajetória do Itaú no segmento de tecnologia financeira não se limita ao avanço recente no Nubank. A relação do banco com a XP Inc. ilustra esse movimento de expansão e posterior reestruturação societária. O Itaú adquiriu 49,9% da XP em 2017, consolidando à época uma das maiores operações do setor no Brasil. Após o IPO da XP em 2019, iniciou um processo gradual de redução dessa participação. Entre 2023 e 2024, vendeu praticamente todos os papéis remanescentes, mantendo atualmente apenas uma posição residual equivalente a cerca de 1,54% do capital total da companhia.



