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Lula destaca que investimento e oportunidade na educação podem impulsionar uma “revolução” no país

Presidente afirma que qualidade educacional é chave para transformar o Brasil e relembra avanços como Prouni, Fies e Lei de Cotas

Lula concede ordem do mérito educacional (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (14), da cerimônia de entrega da Ordem Nacional do Mérito Educativo, realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. A informação foi divulgada originalmente pela Agência Gov, via Planalto.

O evento celebrou os 95 anos do Ministério da Educação (MEC) e homenageou 262 personalidades que contribuíram de forma relevante para o ensino brasileiro. A atual edição contemplou nomes que se destacaram entre 2024 e 2025.

Presidente ressalta que educação é motor do desenvolvimento

Durante o discurso, Lula observou que, embora seja o único presidente brasileiro sem diploma superior, foi quem mais criou universidades e institutos federais. Ele reforçou que a educação deve ser tratada como política estratégica.

 “Se a gente não investir em educação, não tem como fazer esse país dar um salto de qualidade. Não tem como esse país se transformar num país desenvolvido. Não tem como esse país virar competitivo. Não tem como a gente não deixar de ser exportador de commodities e ser exportador de inteligência, de conhecimento.”

Lula destacou ainda o impacto de programas como Prouni, Lei de Cotas e Fies na inclusão educacional, lembrando que, antes das mudanças feitas em seu governo, muitos jovens não conseguiam acessar o ensino superior por falta de garantias financeiras.

 “A primeira coisa que a Caixa pedia era um fiador. E quem é que vai ser garantidor de um pobre ainda estudante? Nem o pai. Então, o que é que nós fizemos? Decidimos: ‘nós vamos financiar. O Estado vai ser o fiador desse jovem’.”

O presidente concluiu sua fala com a mensagem central da cerimônia:

 “Dê oportunidade e coloque dinheiro na educação que esse país fará a sua revolução.”

Homenagem celebra diversidade e trajetória do MEC

O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a importância de realizar a condecoração no mesmo dia do aniversário do MEC.

 “Celebrar esta homenagem no mesmo dia em que o MEC faz aniversário torna essa cerimônia ainda mais significativa e reafirma nosso compromisso com a educação pública forte, democrática e capaz de sustentar o desenvolvimento de um país soberano.”

Entre os agraciados estão nomes de diferentes áreas, refletindo a amplitude da contribuição educacional brasileira:

  •  Ailton Krenak, escritor e ativista — Grau de Grã-Cruz
  •  Gil do Vigor, economista e influenciador — Grau de Grã-Cruz
  •  Rodrigo Mendes, ativista da educação inclusiva — Grau de Comendador
  •  Fernando Gomes de Morais, escritor — Grau de Grã-Cruz
  •  Ruth Rocha, escritora — Grau de Grã-Cruz

A Ordem Nacional do Mérito Educativo existe desde 1955 e reconhece profissionais em cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro.

Políticas públicas transformam vidas

Durante a cerimônia, Gil do Vigor relatou como as políticas educacionais e sociais do governo brasileiro foram determinantes em sua trajetória, permitindo que hoje realize um pós-doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

 “Eu vim do ensino público e do sistema de cotas. Eu fui beneficiado pelo Bolsa Família. Todas as políticas públicas passaram por mim (…) Eu sou um exemplo de como as políticas de inclusão salvam vidas e dão oportunidades.”

Ele também elogiou o programa Pé-de-Meia, voltado ao apoio financeiro de estudantes do ensino médio.

Governo envia novos projetos de lei para fortalecer o setor

No evento, Lula assinou duas mensagens encaminhando ao Congresso Nacional propostas para ampliar a estrutura e a gestão do MEC.

  1.  Alteração da Lei Orçamentária Anual (LOA): autoriza a criação de mais de 8.600 novos cargos de magistério superior e técnico-administrativo, elevando o total de 21.204 para 29.804.
  2.  Criação do Plano Especial de Cargos do MEC: organiza a força de trabalho da pasta, garantindo tratamento isonômico aos servidores.

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