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Advogados tentarão adiar saída de Bolsonaro de hospital em Brasília

A defesa do ex-mandatário elabora a estratégia desde o início da internação, quando ele passou pela primeira cirurgia, realizada no dia de Natal

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução / Instagram)

247 - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pretende adiar ao máximo sua saída do Hospital DF Star, em Brasília (DF), onde o ex-mandatário está internado e deve ser submetido a um novo procedimento médico nesta segunda-feira (29) para tentar resolver o problema de soluços.

De acordo com informações da jornalista Larissa Rodrigues, na CNN, a defesa de Bolsonaro afirmou que ele precisa de um acompanhamento médico completo durante os procedimentos e ao longo de sua recuperação.

A colunista informou também que a defesa do ex-mandatário elabora a estratégia desde o início da internação, quando Bolsonaro passou pela primeira cirurgia, realizada no dia de Natal.

Se houver previsão de retorno de Bolsonaro à sede da Polícia Federal antes do Ano Novo, a defesa deve protocolar um pedido formal com o objetivo de estender a permanência dele no hospital.

Trama golpista

Em 11 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado. O ex-mandatário foi condenado por cinco crimes - golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, e dano qualificado pela violência e grave ameaça. Após denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foram julgados 31 réus, resultando em 29 condenações e duas absolvições.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) teve o processo suspenso em relação aos crimes de dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, porque os delitos ocorreram depois de sua diplomação no cargo.

O tenente-coronel Ronald Araújo e o coronel Márcio Nunes de Resende Jr. foram condenados por associação criminosa e incitação ao crime, delitos considerados de menor gravidade. Em consequência, eles podem substituir as penas por um acordo de não persecução penal (ANPP). Para isso, devem confessar a prática dos crimes, e cumprir condições legais ajustadas com a PGR. Se o acordo for integralmente cumprido, é decretado o fim da possibilidade de punição.

Foram absolvidos o general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, e o delegado da Polícia Federal Fernando Oliveira. O colegiado entendeu que a PGR não comprovou os fatos apontados na denúncia, deixando dúvida razoável sobre a adesão de ambos à trama golpista.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi condenado a dois anos de detenção pelos cinco crimes imputados à maioria dos réus. A pena reduzida foi estabelecida em seu acordo de colaboração premiada. 

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