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Operação do MP-SP desmantela rede de lavagem de dinheiro ligada ao PCC

Ação prendeu suspeitos, bloqueou imóveis de luxo e revelou conexões entre traficantes e empresários

Operação do MP-SP desmantela rede de lavagem de dinheiro ligada ao PCC (Foto: Reuters)

247 - O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou nesta quinta-feira (30) uma operação de grande porte contra um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, que contou com apoio da Polícia Civil, resultou na emissão de nove mandados de prisão preventiva e onze de busca e apreensão.

De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo, a investigação teve como alvos nomes conhecidos do crime organizado paulista, incluindo Eduardo Magrini, conhecido como “Diabo Loiro”, e os filhos de Sérgio Mijão, um dos traficantes mais procurados do país. Durante a operação, uma pessoa foi morta e um policial ficou ferido.

Bloqueio de bens e ramificações do esquema

A Justiça determinou o bloqueio de doze imóveis de luxo e o congelamento de contas bancárias dos envolvidos. Segundo o MP-SP, os alvos da operação integravam uma sofisticada rede de ocultação de valores oriundos do tráfico de drogas.

O trabalho é um desdobramento de duas ações anteriores — Linha Vermelha e Pronta Resposta. A primeira focava em crimes de organização criminosa armada, tráfico e lavagem de dinheiro. Já a segunda revelou um plano da facção para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Conexões entre o crime e empresários

O Ministério Público informou que o material coletado nas operações anteriores permitiu identificar “sólidas conexões entre conhecidos traficantes, integrantes do PCC e empresários”. Segundo a instituição, essas ligações revelaram transações econômicas complexas, “nas quais a origem criminosa dos valores negociados havia sido ocultada ou dissimulada pelos envolvidos”.

Com o avanço das investigações, promotores notaram que, após as operações anteriores, surgiram desavenças internas na quadrilha. Nesse contexto, os criminosos passaram a realizar novas transações imobiliárias e financeiras com o objetivo de “dissipar seu patrimônio e ocultar os verdadeiros beneficiários” do dinheiro.

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