Assim como Moro, Dallagnol foge de debate com Lula: 'não cabe'
Apesar das novas revelações da Vaza Jato que provam a interferência do FBI na condução da Lava Jato e na destruição da economia brasileira, Dallagnol afirma que um debate com Lula 'não cabe' e que os esclarecimentos foram feitos ao longo do processo judicial

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247 - Assim como o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol também se esquivou de um debate com o ex-presidente Lula e proposto pelo próprio, que foi perseguido pela força-tarefa. A declaração foi feita em entrevista ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
Apesar das novas revelações da Vaza Jato que provam a interferência do FBI na condução da Lava Jato e na destruição da economia brasileira, Dallagnol afirma que um debate com Lula 'não cabe' e que os esclarecimentos foram feitos ao longo do processo judicial.
"Todas as perguntas foram feitas no processo judicial e nas investigações. Não nos cabe debater publicamente ou fazer um show, um debate, com réus e investigados. Ao falar do Moro e de mim, ele quer criar uma narrativa, personalizar. Ele nunca cita os 14 procuradores da Lava Jato. Ele fala de mim porque é mais fácil criar uma teoria da conspiração em cima de uma pessoa do que de 14. Ele não fala que várias instâncias revisaram o caso e mantiveram a condenação. Ele fala do Moro porque é mais fácil criar uma narrativa de perseguição em cima de duas pessoas do que em cima de 60, 80 pessoas com diferentes visões de mundo", disse.
Dallagnol também respondeu a críticas do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do vice, Humberto Jacques, que afirmaram, respectivamente, que a Lava Jato corria o risco de flertar com a ilegalidade e que as forças-tarefas era desagregadoras. Nesta quinta-feira (2) o CNMP, presidido por Aras, pautou o julgamento de Dallagnol.
"Você precisa reconhecer que ela [força-tarefa] incomoda muita gente, muitos criminosos, muitos potenciais investigados. Esse é o papel do Ministério Público. É errado e equivocado dizer que as forças-tarefas são trabalhos clandestinos ou desagregadores, porque elas foram criadas institucionalmente para fazer um trabalho que um procurador sozinho não conseguiria fazer", falou Deltan Dallagnol, que completou: "ele mesmo [Aras] promoveu atos para instituir esses trabalhos. E a Lava Jato fez o seu trabalho de modo público e transparente, com resultados surpreendentes, ao ponto de a própria Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal, que é órgão da PGR, dizer que os resultados são bons e positivos. Então não entendo por que está sendo criado o discurso com o objetivo de propiciar um desmonte das forças-tarefas".
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