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PT fecha apoio a Requião Filho para enfrentar Moro e Ratinho Júnior no Paraná

Acordo fortalece Requião Filho e prevê Enio Verri como candidato ao Senado

Requião Filho (Foto: Eduardo Matysiak)

247 - O diretório estadual do PT no Paraná decidiu apoiar a pré-candidatura do deputado estadual Requião Filho (PDT) ao governo do estado, consolidando uma aliança política voltada à disputa contra o ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil) e contra o grupo político do governador Ratinho Júnior (PSD), que deverá indicar um sucessor nas eleições de 2026. As informações são do jornal O Globo

Apoio formal e aval das direções nacionais

O anúncio do apoio do PT ocorreu nas redes sociais após uma reunião entre Requião Filho, o presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri (PT), e o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná. Apesar da divulgação recente, as conversas vinham sendo conduzidas desde o encontro estadual do PT, realizado em setembro.

A decisão também foi apresentada em Brasília e recebeu o aval das direções nacionais dos dois partidos, com concordância do presidente do PT, Edinho Silva, e do presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.

Ao comentar a aliança, Requião Filho ressaltou que a candidatura permanece sob a legenda pedetista.  “Não será uma candidatura petista, mas sim pedetista e que tem buscado conversar com outros partidos. Desde que coloquei a minha candidatura, eu já cheguei a 29% das intenções de voto nas pesquisas, então a federação do PT reconheceu a minha candidatura como viável e ofereceu apoio, algo que não se nega a ninguém”, disse Requião Filho. 

Retomada do diálogo entre Requião Filho e o PT

A composição marca também a reaproximação entre Requião Filho e o PT, após o deputado ter deixado a sigla no início do ano, seguindo o mesmo caminho do pai, o ex-governador Roberto Requião. A saída ocorreu após autorização do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná para a mudança partidária fora da janela, sem perda de mandato.

Segundo o parlamentar, a decisão foi motivada por divergências com o comando nacional do partido. Já no PDT, ele assumiu o comando do diretório estadual e passou a ser apontado como nome competitivo para a disputa ao governo, inicialmente dividindo espaço com Enio Verri, que teve sua viabilidade analisada internamente pelo PT. Verri deverá disputar uma vaga para o Senado no pleito de 2026. 

Estratégia conjunta contra Moro e Ratinho Júnior

As divergências entre PT e PDT deram lugar a uma estratégia conjunta voltada à disputa contra Sergio Moro e à continuidade do projeto político do governador Ratinho Júnior. Para Arilson Chiorato, a decisão foi tanto programática quanto pragmática.

“A gente fez uma decisão programática e pragmática com essa escolha do PT, porque os nossos adversários são os mesmos. Queremos impedir que o Moro ganhe e que o projeto do Ratinho Júnior continue. As nossas diferenças são menores que isso”, declarou o deputado.

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