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BNDES aprova R$ 107,6 milhões para a EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil

O financiamento, aprovado no âmbito do Programa BNDES Mais Inovação, contempla a readequação da estrutura física e a construção de uma nova área

EMS (Foto: Divulgação )

Agência BNDES - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 107,6 milhões para a EMS ampliar seu Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Hortolândia (SP). Com a expansão, a companhia prevê duplicar sua capacidade de desenvolvimento de novos projetos em PD&I.

O financiamento, aprovado no âmbito do Programa BNDES Mais Inovação, contempla a readequação da estrutura física e a construção de uma nova área, além da aquisição de equipamentos para os laboratórios, como dissolutores, cromatógrafos, viscosímetros, centrífugas, espectrofotômetros, difratômetros, entre outros. A área total ocupada pelo centro deverá ser ampliada em aproximadamente 70%.

O projeto de expansão do Centro de PD&I também busca contribuir com os esforços da EMS para aumentar sua participação no mercado internacional. Será criado um núcleo dedicado à pesquisa e desenvolvimento para mercados externos, em linha com estratégia de internacionalização da empresa. O foco são os mercados europeu e norte-americano, com expectativa de crescimento relevante na produção de projetos voltados ao registro internacional.

"O apoio do BNDES contribui para o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional, fortalecendo também sua capacidade para inovar. A ampliação de infraestrutura dedicada ao desenvolvimento de novos medicamentos tem potencial para reduzir vulnerabilidades do Sistema Único de Saúde e ampliar o acesso à saúde", diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Com o aumento da área de pesquisa, desenvolvimento e inovação, estamos reforçando o nosso pipeline e aumentando a nossa capacidade de desenvolver mais produtos, levando mais opções de tratamento para classe médica e pacientes”, afirma Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS. “Quando levamos inovação ao mercado, geramos impacto não apenas para a empresa, mas para todo o sistema de saúde brasileiro. Queremos ser uma farmacêutica capaz de competir globalmente e, ao mesmo tempo, cuidar das pessoas do nosso país”, complementa Sanchez.

As atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), concentradas no complexo fabril de Hortolândia, contam atualmente com mais de 800 colaboradores dedicados. Com a conclusão da expansão, a EMS estima contratar cerca de 290 novos profissionais qualificados e ampliar sua capacidade de submissão de produtos no Brasil e no exterior.

Investimento - Fundada em 1964, a EMS passou a apresentar crescimento expressivo após a aprovação da Lei dos Genéricos, em 1999. Atualmente, conta com 7,3 mil colaboradores. O negócio de prescrição médica da empresa hoje já é maior do que o de genéricos. Ambas as unidades respondem por mais de 70% do resultado da EMS em faturamento.

Nos últimos anos, a EMS tem investido cada vez mais em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A empresa tem aproximadamente 100 patentes concedidas ou em análise pelo Brasil e pelo mundo, incluindo EUA e Europa. 

O portfólio de pesquisas do laboratório inclui medicamentos biológicos, medicamentos oncológicos liofilizados e genéricos de alta complexidade, como a Ciclosporina Microemulsão, um imunossupressor utilizado para tratamento de transplantados que começou a ser exportado para Europa em 2020. A EMS é a única farmacêutica brasileira que produz o medicamento.

Com posição já consolidada no mercado nacional, a estratégia de crescimento recente da EMS prevê um aumento de sua presença no exterior. Atualmente, seus produtos já alcançam diferentes mercados da América Latina, Europa, África e Ásia. A EMS tem negócios em 56 países.

Histórico - Esse não é o primeiro financiamento do BNDES obtido pela empresa para projetos em Hortolândia. Além dos laboratórios de pesquisa, desenvolvimento & inovação, unidades administrativas e produtivas integram o complexo da EMS no município paulista. No ano passado, também com financiamento do BNDES, foi inaugurada uma planta industrial que impulsionou a produção no Brasil das primeiras canetas injetáveis dedicadas ao tratamento de obesidade e diabetes tipo 2. 

Intituladas Olire e Lirux, elas chegaram às farmácias no início de agosto desse ano. Também integrantes do portfólio de pesquisa da EMS, os dois medicamentos são baseados na molécula liraglutida e foram desenvolvidos após a expiração das patentes nacionais.

Sobre a EMS – A EMS é o maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado há 19 anos consecutivos, e pertencente ao Grupo NC. Com mais de 60 anos de história e 7,3 mil colaboradores, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e non-retail, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da medicina. 

A empresa possui unidades produtivas em Hortolândia (SP), onde está o seu tecnológico Centro de P&D e a moderna fábrica de embalagem de medicamentos sólidos; em Jaguariúna (SP); em Brasília (DF), e em Manaus (AM), atuando com a Novamed, uma das maiores fábricas mundiais de medicamentos sólidos. Também está na Sérvia, com a farmacêutica Galenika, e na Itália, com o laboratório de pesquisas Monteresearch. Tem presença no mercado norte-americano com a sua controlada Vero Biotech, localizada em Atlanta, Geórgia, por meio da qual a EMS obteve em 2019 a aprovação de seu primeiro produto revolucionário, fruto de inovação radical, submetido à FDA (EUA); e com a Brace Pharma, também em Atlanta, mantendo parcerias para buscar o que há de melhor e mais inovador em áreas terapêuticas como oncologia, virologia e imunologia. 

Trilhando um caminho sólido de inovação e internacionalização de seus produtos e de consolidação como potência global, a EMS inaugurou em 2024 a primeira fábrica do Brasil de peptídeos, capaz de produzir para o país e para o mundo análogos de GLP-1 como liraglutida e semaglutida, voltadas ao tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. 

Com negócios em 56 países, a EMS tem um dos maiores números de estudos clínicos do país e aproximadamente 100 patentes concedidas ou em análise no Brasil e no mundo. Ainda, mantém um histórico consistente de iniciativas sociais, culturais, ambientais e esportivas dentro e fora do país como mais uma forma concreta de promover saúde e qualidade de vida.

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