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A Venezuela levanta a voz contra medidas coercitivas unilaterais

País denuncia impacto humanitário das medidas coercitivas e pede sua eliminação imediata

Yván Gil, chanceler da Venezuela (Foto: Correo del Orinoco )

247 - A Venezuela voltou a condenar publicamente as medidas coercitivas unilaterais impostas por potências estrangeiras e reafirmou sua determinação em defender a soberania nacional. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (4), pelo chanceler venezuelano, Yván Gil, em meio às atividades que marcam o Dia Internacional contra as Medidas Coercitivas Unilaterais.

De acordo com a Prensa Latina, Gil destacou a gravidade das sanções aplicadas ao país, classificando-as como um ataque direto ao povo venezuelano. Em mensagem publicada no Telegram, o ministro afirmou: “Parem com as medidas coercitivas unilaterais!”. Ele lembrou que 1.042 medidas foram impostas com o objetivo de “quebrar a vontade de uma nação que escolheu o caminho da soberania sob a liderança do presidente Nicolás Maduro e do poder popular”.

O chanceler ressaltou que as medidas não apenas atingem a população venezuelana, mas também paralisam iniciativas de solidariedade e integração regional, como o PetroCaribe, que por anos beneficiou vários países do Caribe e da América Latina. Ao comentar o marco instituído pela ONU, Gil afirmou que a data simboliza um chamado coletivo à resistência. “Este dia nos convoca a levantar nossas vozes contra este crime que afeta nosso povo e a exigir a cessação imediata das medidas coercitivas impostas por governos que buscam provocar o colapso econômico de nações soberanas”, enfatizou.

Em suas declarações, o ministro exigiu ainda o fim do bloqueio econômico contra Cuba, imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas. Segundo ele, o cerco persiste “com total impunidade, apesar da crescente rejeição internacional que se manifesta a cada ano”. Gil ressaltou que a Venezuela também sofre consequências profundas das medidas de Washington e de países europeus, cujos impactos, segundo afirmou, foram reconhecidos por especialistas das Nações Unidas.

Apesar disso, o chanceler lembrou que o país tem conseguido avançar, mesmo diante das restrições impostas. “Sob a liderança do presidente Nicolás Maduro, demonstramos uma força notável na reconstrução de nossa economia e na garantia da proteção social de nosso povo”, declarou.

Como parte das atividades internacionais deste 4 de dezembro, uma delegação venezuelana representou o governo em uma sessão plenária da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, dedicada ao Dia Internacional contra Medidas Coercitivas Unilaterais. Na avaliação de Gil, a iniciativa marcou um avanço histórico. “Hoje marcamos um momento histórico ao rejeitarmos unanimemente essas medidas coercitivas unilaterais, que representam crimes contra a humanidade e violam os direitos fundamentais do nosso povo”, afirmou nas redes sociais.

A posição venezuelana reforça sua estratégia diplomática de mobilizar a comunidade internacional contra as sanções e buscar alternativas que garantam o desenvolvimento interno, a estabilidade regional e a defesa da soberania nacional.

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