Rixi Moncada denuncia golpe eleitoral e ingerência externa nas eleições de Honduras
Protestos denunciam ingerência de Washington e suposta fraude na contagem dos votos
247 - Milhares de hondurenhos se concentraram nesta segunda-feira (30) em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Tegucigalpa, para protestar contra o que classificam como um golpe eleitoral. A mobilização denunciou a falta de transparência no processo, a violação da legislação vigente e o desrespeito à vontade popular expressa nas urnas. A candidata presidencial derrotada Rixi Moncada (Libre), utilizou as redes sociais para denunciar irregularidades no processo eleitoral e criticar a atuação do CNE.
Segundo ela, a soberania popular estaria sendo usurpada por meio da não contagem de votos e cédulas, em afronta direta à Constituição da República e à Lei Eleitoral. Moncada também denunciou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) “consumou o golpe” com o apoio dos Estados Unidos.
Denúncias de violação da Constituição
Em sua postagem, Moncada afirmou que “o golpe eleitoral foi concluído no Conselho Nacional Eleitoral” e classificou o episódio como “uma afronta histórica ao povo hondurenho”. A candidata denunciou que a não contagem de votos configura uma violação sem precedentes das normas constitucionais. Ela também acusou uma articulação golpista envolvendo forças internas historicamente associadas a fraudes eleitorais, ao narcotráfico e ao crime organizado.
Acusações de ingerência externa
Rixi Moncada atribuiu responsabilidade direta ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontando ingerência de Washington no processo eleitoral hondurenho. Segundo ela, a ordem democrática do país teria sido desfigurada por uma ação coordenada com setores do Partido Nacional. A candidata alertou ainda para a tentativa de impor como presidente um candidato supostamente ligado ao narcotráfico, sem que todos os votos fossem devidamente contabilizados.
"Sem contar todos os votos e cédulas dos eleitores, violando a Constituição da República e a Lei Eleitoral, num ato sem precedentes de associação golpista, de Washington, Donald Trump desfigurou a ordem democrática do nosso país em coautoria com o Partido Nacional, as gangues e o crime organizado. A traição é repugnante, mas a traição contra a própria pátria é também detestável", escreveu Moncada na postagem.
Defesa da soberania e da democracia
Ao se dirigir à população, Moncada afirmou: “Abraço os eleitores que, exercendo a soberania popular, foram às urnas para que não voltassem a corrupção, o narcotráfico, as privatizações, os ladrões históricos e os golpistas”.
Ela também convocou o povo hondurenho a não se deixar intimidar pelos responsáveis pela crise eleitoral, destacando que esses grupos carregam um histórico de fraudes que, segundo ela, os marcará permanentemente. Ao final da mensagem, reforçou a disposição de seguir na luta democrática e declarou: “Nós vamos vencer!”.
Mobilização popular em frente ao CNE
O protesto foi convocado pelo ex-presidente Manuel Zelaya Rosales, que chamou a população a se mobilizar em defesa da transparência eleitoral e do respeito à vontade popular, especialmente na capital hondurenha. A concentração em frente ao CNE reuniu eleitores e militantes que acusam o bipartidarismo de operar uma fraude com apoio externo.
Rixi Moncada também manifestou apoio ao prefeito eleito da capital, Jorge Aldana, reforçando que o resultado municipal reflete a soberania popular e deve ser respeitado pelas autoridades eleitorais.



