Estudo mostra liderança do Brasil na transição energética
Publicação internacional reconhece avanço do país em energia limpa e inclusão, reforçando protagonismo na COP30
247 - O Brasil voltou a ganhar destaque no cenário internacional com a apresentação, durante a COP30, do estudo Revisão da Política Energética do Brasil 2025. O documento, lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em Belém (PA), reforça o papel estratégico do país na construção de uma economia de baixo carbono e no fortalecimento de políticas públicas voltadas para uma transição energética sustentável e socialmente justa.
A publicação, elaborada pela Agência Internacional de Energia (AIE) e divulgada originalmente pelo Ministério de Minas e Energia, reconhece o Brasil como a principal liderança global no avanço rumo a uma matriz energética mais limpa e resiliente. O estudo aponta que a combinação de investimentos, estabilidade regulatória e inclusão social coloca o país em posição de referência mundial.
Logo ao comentar o documento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou o reconhecimento internacional. “Esse estudo ressalta de forma inequívoca a liderança do Brasil na transição energética global, sustentada por políticas públicas que proporcionam clareza, estabilidade e uma visão estratégica de longo prazo, capazes de atrair investimentos e impulsionar transformações. O Brasil tem mostrado ao mundo que é possível crescer com responsabilidade e justiça social. Estamos construindo uma transição energética que gera mais empregos, reduz desigualdades, equilibra o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a segurança energética”, afirmou.
A análise da AIE destaca que o país avançou significativamente na consolidação de uma matriz baseada em fontes renováveis, impulsionada pelo fortalecimento do setor de biocombustíveis e por compromissos assumidos em direção à neutralidade climática. Entre os marcos recentes apontados no estudo estão as legislações aprovadas em 2024, como as referentes ao hidrogênio de baixo carbono, ao sistema brasileiro de comércio de emissões, ao Combustível do Futuro e ao Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN).
Outro ponto valorizado pela AIE é a prioridade dada pelo governo brasileiro à inclusão social na formulação das políticas energéticas. O relatório cita programas como o Luz para Todos (LPT), que seguem ampliando o acesso à eletricidade em regiões historicamente desassistidas. Durante o lançamento do estudo, o Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Gustavo Ataíde, reforçou essa diretriz. “Seguimos com a missão de fortalecer políticas que assegurem que os benefícios da transição energética sejam amplamente distribuídos, levando energia, dignidade e oportunidades a todas as brasileiras e brasileiros”, destacou.
A publicação também revisita o papel histórico do Brasil no desenvolvimento de biocombustíveis, considerado pela AIE uma das maiores histórias de sucesso da matriz energética nacional. Iniciativas como o RenovaBio e a Lei do Combustível do Futuro impulsionam a produção e o uso de biodiesel, biometano, SAF e diesel verde, fortalecendo a segurança energética e elevando o valor agregado da cadeia produtiva.



