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Carlos Bolsonaro se revolta, solta o verbo e chama aliados de Tarcísio de 'putinhas do sistema’

Filho de Jair Bolsonaro ataca políticos da direita que não apoiam Flávio Bolsonaro e fazem campanha por Tarcísio de Freitas

Carlos Bolsonaro (Foto: Rodrigo Romeo/Flickr/Alesp)

247 – A disputa interna no campo da direita ganhou novos contornos neste fim de semaan, após Carlos Bolsonaro atacar duramente aliados de Tarcísio de Freitas nas redes sociais. As críticas ocorreram depois que a pesquisa Datafolha, divulgada pela Folha de S.Paulo, mostrou o governador de São Paulo mais competitivo eleitoralmente do que Flávio Bolsonaro, nome lançado por Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe após a derrota eleitoral de 2022.

Segundo o Datafolha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém vantagem consistente sobre os principais nomes da direita nos cenários testados para 2026, o que ampliou tensões no grupo bolsonarista. Nos cenários de segundo turno, Lula aparece com 51% contra 36% de Flávio Bolsonaro — diferença maior do que a registrada em julho. Tarcísio, por sua vez, reduz essa distância e surge com 42% contra 47% de Lula.

Carlos Bolsonaro dispara contra “isentões” e acusa traição no campo da direita

Reagindo ao cenário revelado pelo Datafolha, Carlos publicou uma série de mensagens críticas direcionadas a figuras que, segundo ele, abandonaram a suposta unidade da direita para favorecer outros projetos eleitorais.

O vereador afirmou: “Os ‘isentões’ e os ‘limpinhos’, aqueles que diziam lutar pela ‘união da direita’, hoje já não querem mais união alguma. Por quê? Porque muitos se revelaram aquilo que sempre foram: putinhas do sistema.”

Em seguida, sugeriu que novos episódios viriam à tona: “Estão mais uma vez sendo desmascarados — e ainda haverá mais revelações. O tempo mostra quem está do lado da verdade e quem apenas representava um papel conveniente.”

“Sistema quer destruir o nome Bolsonaro”, diz Carlos

Carlos também acusou forças políticas e partes da direita de atuarem em conjunto para inviabilizar o nome da família Bolsonaro: “Todo o sistema que afundou o país está unido — alguns de forma escancarada, outros de forma dissimulada como sempre — para destruir o nome Bolsonaro e de seus filhos garantindo que os chefes das facções continuem violando o povo brasileiro diariamente com ou sem suas marionetes.”

O vereador ainda criticou pesquisas que, segundo ele, tentam manipular o eleitorado: “Até pesquisas feitas de modo turbo já tentam forçar narrativas mostrando um desespero desproporcional: tentam desacreditar uns para fabricar a ascensão de outros. Fique atento: quem vê cara, não vê coração.”

Datafolha mostra rejeição ao sobrenome Bolsonaro e estabilidade de Tarcísio

A pesquisa divulgada pela Folha ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios entre os dias 2 e 4 de setembro. Além de mostrar Lula numericamente à frente de todos os adversários testados, o levantamento apontou que o sobrenome Bolsonaro se tornou um passivo eleitoral.

Flávio tem rejeição de 38%, Eduardo, 37%, e Michelle, 35%. Já Tarcísio registra 20%, índice mais baixo entre os nomes ligados à direita. No primeiro turno, Lula mantém 41% das intenções de voto, enquanto Flávio aparece com 18% e Tarcísio chega a 23% em cenário específico.

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