Defesa de Bolsonaro pede cirurgia urgente e prisão domiciliar após novo exame
Advogados citam agravamento do quadro clínico e solicitam medida urgente ao STF
247 - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta segunda-feira (15) um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para a realização de uma cirurgia de urgência e a conversão da prisão imposta no âmbito da trama golpista em prisão domiciliar. Os advogados alegam que o estado de saúde do ex-mandatário se agravou nos últimos dias, exigindo intervenção imediata.
De acordo com o G1, o novo pedido foi protocolado após a realização de um exame médico no domingo (14), feito pela própria equipe de saúde de Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal (PF), local onde ele está detido. Segundo a defesa, o novo exame apontou que Bolsonaro está com duas hérnias inguinais e que o quadro demanda a necessidade urgente de uma cirurgia.
Defesa aponta agravamento do quadro clínico
No documento encaminhado ao STF, a equipe jurídica afirma que houve evolução negativa do estado clínico do ex-mandatário desde a última manifestação apresentada ao tribunal. Segundo os advogados, novos exames de imagem e um relatório médico recente reforçam a necessidade de uma atuação imediata.
No pedido, a defesa afirma literalmente que “o estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”.
Perícia da PF foi determinada por Moraes
Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a realização do exame apresentado pela defesa e determinou que a Polícia Federal faça uma perícia médica oficial para avaliar a real necessidade do procedimento cirúrgico. Na decisão, Moraes destacou que exames anteriores apresentados pelos advogados haviam sido realizados há mais de três meses.
Pedido inclui realização de ultrassom no local da custódia
Além da cirurgia, a defesa também solicitou autorização para a realização de um exame de ultrassom, argumentando que o procedimento poderia ser feito no próprio local de custódia, sem necessidade de estrutura hospitalar. No requerimento, os advogados afirmam que “trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência”.



