Eduardo Bolsonaro cogita ‘passaporte de apátrida’ para seguir nos EUA
O ex-parlamentar havia sido notificado sobre a perda do mandato e teve cinco dias para se manifestar
247 - O ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teve o mandato cassado, falou sobre a hipótese de perder seu passaporte diplomático pelo número de faltas. O ex-parlamentar, que mora nos Estados Unidos, havia sido notificado sobre a perda do mandato e teve cinco dias para se manifestar. No território estadunidense, o filho de Jair Bolsonaro (PL) faz articulações com a extrema direita aliada do governo Donald Trump, uma tentativa de conseguir mais apoio nos ataques ao Supremo Tribunal Federal brasileiro.
“Fiquei sabendo que há uma ordem a todas as embaixadas e consulados brasileiros para que eu não possa ter o passaporte comum. Assim sendo, dentro de 30 ou 60 dias, assim que eu perder meu mandato e for notificado, tenho que devolver o meu passaporte diplomático”, afirmou Eduardo Bolsonaro ao SBT.
“Vou ficar sem passaporte brasileiro em mais uma tentativa de Alexandre Moraes de minar o meu trabalho. Estou ‘vacinado’, sei as estratégias dele. [...] Em princípio, estou sob risco de perder o passaporte brasileiro. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo. Ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como é que isso acontece”, continuou.
No caso das faltas, a Câmara registrou 78 sessões este ano e Eduardo Bolsonaro teria faltado a 63 (81% do total). Em 15 de novembro, a Primeira Turma do STF formou unanimidade para receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-deputado por coação no curso do processo.
Em declarações públicas e postagens em redes sociais, ex-deputado afirmou estar atuando para que o governo Trump impusesse sanções a ministros do Supremo e a integrantes da PGR e da Polícia Federal. O motivo é o processo da trama golpista contra Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão.


