Após prisão do pai, Flávio Bolsonaro descarta acordo por dosimetria e reforça foco na anistia aos golpistas do 8/1
Senador diz que o PL vai pressionar Hugo Motta pela PEC da Anistia e não aceitará negociar redução de penas
247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a oposição aumentará a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que seja votada a anistia aos condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. As declarações ocorreram após reunião com parlamentares do PL em Brasília e foram feitas poucos dias após jair Bolsonaro ser preso preventivamente por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo o Metrópoles, Flávio rejeitou qualquer possibilidade de negociação sobre a dosimetria das penas, proposta defendida pelo relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP). “Nosso objetivo é aprovação do PL da Anistia”, afirmou o parlamentar.
Oposição intensifica pressão por votação da anistia
Flávio reforçou que não aceitará acordos paralelos e repetiu que “não fará acordo” sobre ajustes na dosimetria das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro serviu para alinhar a estratégia do partido e consolidar a bandeira da anistia aos golpistas como prioridade absoluta da legenda.
Desgaste de Hugo Motta após votações polêmicas
Antes da prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), no sábado (22), Motta havia sinalizado abertura para retomar a discussão. No entanto, o desgaste político após votações polêmicas, como a PEC da Blindagem, tornou improvável que ele queira enfrentar novo desgaste em ano pré-eleitoral.
Prisão de Bolsonaro aumenta tensão no Congresso
A prisão foi autorizada pela Procuradoria-Geral da União (PGR) e executada pela Polícia Federal (PF). A corporação afirmou que a vigília convocada por Flávio em frente ao condomínio onde o pai mora poderia gerar condições para uma tentativa de fuga, razão que reforçou o pedido de prisão preventiva. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, em setembro, a 27 anos e 3 meses de prisão, por tramar um golpe de Estado após sua derrota eleitoral no pleito de 2022.
Violação da tornozeleira reforça gravidade da investigação
A decisão do ministro Alexandre de Moraes também registrou a violação da tornozeleira eletrônica. Um vídeo anexado aos autos, gravado por uma servidora do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), mostra o ex-mandatário admitindo ter utilizado um ferro de solda para queimar o dispositivo. A tornozeleira precisou ser substituída durante a madrugada, poucas horas antes da operação da Polícia Federal.



