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Flávio Bolsonaro se consolida como o nome mais forte da direita na pesquisa Quaest

Senador aparece na frente de outros pré-candidatos em cenários estimulados e tem rejeição menor que a do pai, segundo levantamento de dezembro

Flávio Bolsonaro (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

247 - Dados da 20ª rodada da Pesquisa de Avaliação do Governo Lula, realizada pela Quaest para a Genial Investimentos entre 11 e 14 de dezembro, indicam que Flávio Bolsonaro (PL) consolidou-se como o nome mais forte da direita nas projeções para as eleições de 2026. 

Em cenários estimulados para o primeiro turno, o senador aparece com intenção de voto entre 21% e 27%, superando outros potenciais candidatos, como os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São paulo, Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.

A pesquisa, com 2.004 entrevistas e margem de erro de 2 pontos percentuais, mostra que, em um possível segundo turno contra o presidente Lula (PT), Flávio obteria 36% dos votos, contra 46% do petista, com 15% de brancos/nulos/abstenções e 3% de indecisos. Nos demais cenários de segundo turno testados, Lula teria vantagem menor sobre os outros nomes da direita: 45% a 35% sobre Tarcísio; 45% a 35% sobre Ratinho; 44% a 33% sobre Caiado; e 45% a 33% sobre Zema.

Além do desempenho em cenários, outros indicadores reforçam a posição de Flávio. Seu índice de rejeição (conhece e não votaria) é de 60%, inferior ao de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que rejeita 63%. O potencial de voto (conhece e votaria) do senador é de 28%, superando o de todos os outros possíveis candidatos de oposição listados, exceto o próprio Lula (44%).

A indicação de Flávio por Jair Bolsonaro, no entanto, divide a opinião pública. Para 54% dos entrevistados, o ex-presidente "errou" ao indicar o filho como seu candidato apoiado; 36% acham que ele "acertou". A avaliação é fortemente polarizada pelo posicionamento político: entre bolsonaristas, 78% consideram a indicação acertada; já entre lulistas, 78% a veem como um erro.

Questionados se votariam em Flávio diante da indicação paterna, 62% disseram que "não votaria de jeito nenhum", 23% afirmaram que "poderia votar" e apenas 13% declararam que "vai votar no Flávio". Ainda assim, quando perguntados sobre quem Jair Bolsonaro deveria ter escolhido caso a indicação a Flávio fosse um erro, o nome mais citado foi o de Michelle Bolsonaro (PL), com 15%, seguido por Tarcísio de Freitas, com 12%. Flávio não era uma opção na pergunta.

A pesquisa Quaest/Genial também revela que a notícia sobre o apoio de Jair Bolsonaro à candidatura do filho já é de conhecimento de 61% da população. O conhecimento é maior entre bolsonaristas (71%) e entre eleitores de direita não bolsonarista (71%).

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