Hugo Motta é denunciado na Câmara por censura e ordenar agressão no plenário
Por outro lado, deputados da direita acusaram parlamentares da esquerda de confrontar o Depol e destruir os equipamentos da TV Câmara
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, foi criticado duramente nesta terça-feira (9) e acusado de promover a censura à imprensa e subsequente agressão a parlamentares de esquerda.
Os ataques ocorreram diante da possível cassação do mandato na Câmara dos Deputados de Glauber Braga (Psol-RJ), que ocupou a mesa da presidência da Câmara em protesto, e desafiou Motta a prendê-lo. O Departamento de Polícia Legislativa (Depol) retirou o parlamentar da mesa à força após sua intervenção, enquanto deputados de esquerda tentaram impedir a ação.
Segundo denunciaram os parlamentares na sessão deliberativa desta noite, seis deputados apanharam, a imprensa foi expulsa e partiu do próprio Motta a ordem de suspender a transmissão da TV Câmara.
"Aconteceu hoje o maior ato de censura de comunicação aos meios de comunicação de imprensa desse país", disse a deputada federal Maria do Rosário.
"Não é possível continuar a sessão", defendeu a deputada federal Jandira Feghali, ao criticar a inexperiência de Motta.
"Ainda haverá exame de corpo de delito", acrescentou.
O deputado federal Rogério Correia disse que apresentará uma queixa-crime para determinar se Motta ordenou diretamente as agressões.
Por outro lado, deputados da direita acusaram parlamentares da esquerda de confrontar o Depol e destruir os equipamentos da TV Câmara.
Motta prometeu que ainda se pronunciará. Ao final dos pronunciamentos dos parlamentares, Motta afirmou que "não permitirá que as regras sejam rasgadas". Ele ainda acusou Glauber Braga de "extremismo" e "vandalismo institucional".



