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"Não vou admitir mais que ocupem a cadeira da presidência", diz Hugo Motta após protesto de Glauber Braga

Presidente da Câmara critica ocupação da cadeira da presidência e diz que não aceitará novas ações semelhantes

Brasília (DF) - 25/06/2025 - Hugo Motta (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu ao protesto realizado por Glauber Braga (Psol-RJ), que ocupou a cadeira da presidência durante sessão no plenário. O episódio levou à retirada forçada do parlamentar pela Polícia Legislativa. Em entrevista à CNN Brasil, Motta disse que a decisão de acionar a Polícia Legislativa foi tomada depois que Braga assumiu a cadeira que simboliza o comando da Casa. O deputado do Psol protestava após o anúncio de que seu pedido de cassação seria levado ao plenário nesta quarta-feira (10).

Reação imediata de Hugo Motta

A emissora relatou que o presidente da Câmara classificou o ato como “atípico” e “esdrúxulo”. Motta afirmou ter determinado que a Polícia Legislativa adotasse o protocolo padrão para retirar o parlamentar da cadeira de comando. Ao justificar a medida, declarou de forma enfática que “não vou admitir mais que ocupem a cadeira da presidência”.

Críticas e alerta sobre extremismos

Após o episódio, Hugo Motta também publicou um texto nas redes sociais criticando “grupos” que, segundo ele, afirmam defender a democracia, mas atuam contra o funcionamento das instituições. Segundo ele, “o agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica”. “Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida”, completou mais à frente. 

Contexto disciplinar e atuação da Polícia Legislativa

 A crise ocorre enquanto o Conselho de Ética se prepara para iniciar oitivas referentes aos processos disciplinares de três deputados que participaram de um motim em agosto. A primeira sessão estava marcada para esta terça-feira (9). Questionado sobre possíveis diferenças de tratamento, Hugo Motta reiterou que adotou o protocolo formal da Casa.

O presidente da Câmara relatou ainda que telefonou diretamente para a Polícia Legislativa assegurando que os jornalistas pudessem voltar ao plenário para registrar imagens e manter a cobertura dos acontecimentos no Congresso Nacional.

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