HOME > Brasil

Kassab reafirma apoio a Tarcísio e descarta acordo com Flávio

Presidente do PSD reforça candidatura do governador paulista e afasta aliança com Flávio Bolsonaro no primeiro turno

Gilberto Kassab (Foto: Cesar Itiberê/PR)

247 - O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira (11) que o partido continuará empenhado em lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência em 2026. As declarações foram feitas durante um evento do Todos Pela Educação, em Brasília.

Kassab também afastou a possibilidade de um acordo nacional com Flávio Bolsonaro (PL), que tenta consolidar sua pré-candidatura com apoio do pai, Jair Bolsonaro. “Eu ainda entendo que o Tarcísio é o melhor candidato para o Brasil”, afirmou. Sobre Flávio, acrescentou: “Desejo boa sorte a ele, que ele possa fazer uma boa campanha. Mas o PSD sempre teve a sua posição muito clara. O PSD tem como uma decisão apoiar o Tarcísio caso ele seja candidato”.

O dirigente destacou ainda que, caso Tarcísio decida não disputar o Planalto, o partido conta com duas alternativas internas: Ratinho Junior, governador do Paraná, e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. Kassab anunciou, na véspera, que deixará a Secretaria de Relações Governamentais do governo paulista para se dedicar ao processo eleitoral.

Questionado sobre eventual apoio do PSD ao presidente Lula (PT) em um segundo turno, Kassab evitou firmar posição: “Nem no segundo turno o partido fechará a questão. Mas, como eu acredito que o nosso candidato vai para o segundo turno, […] então eu acho que o nosso candidato vai enfrentar o Lula no segundo turno”.

Enquanto isso, Flávio Bolsonaro enfrenta dificuldades para atrair siglas expressivas após anunciar sua intenção de concorrer ao Planalto. O líder do PP na Câmara, deputado Doutor Luizinho Teixeira (RJ), afirmou que a decisão dos bolsonaristas foi tomada sem diálogo e que seu partido buscará uma nova alternativa de centro-direita.

Kassab também declarou que, se estivesse no Congresso, votaria a favor do PL da Dosimetria, que prevê redução de penas para investigados por atos antidemocráticos. Ele ressaltou, porém, que o PSD não imporá posição aos parlamentares. O projeto ainda aguarda análise do Senado.

O evento contou ainda com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que se recusou a atender a imprensa. Motta segue pressionado após a operação policial que retirou à força o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da presidência da sessão na terça-feira (9). A reunião deixou de ser transmitida, jornalistas foram expulsos do plenário pela Polícia Legislativa e houve empurra-empurra e agressões contra profissionais da imprensa e parlamentares.

Artigos Relacionados