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Malafaia dispara contra pré-candidatura de Flávio Bolsonaro: 'não é herança de família'

Pastor afirma que candidatura de Flávio Bolsonaro fragiliza a direita e defende Tarcísio de Freitas como nome viável ao Planalto

Silas Malafaia (Foto: Abr)

247 - As declarações recentes do pastor Silas Malafaia provocaram novo abalo no campo da direita brasileira ao escancarar divergências sobre a sucessão presidencial. Em tom duro, o pastor-empresário criticou publicamente a possibilidade de uma candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Planalto, classificando a estratégia como equivocada e potencialmente prejudicial ao próprio grupo político. Malafaia considera a movimentação um erro capaz de abrir caminho para a continuidade do atual governo, ao invés de fortalecer a oposição. As informações são da coluna de Ricardo Noblat, do Metrópoles. 

Críticas diretas à candidatura de Flávio

Ao comentar o cenário eleitoral, Malafaia afirmou que o senador não reúne condições políticas para disputar a Presidência da República. Na visão do pastor, a tentativa de lançar Flávio ao Planalto carece de estratégia e ignora a necessidade de maior articulação com partidos e aliados. Segundo ele, o apoio atribuído ao senador teria sido obtido em um momento de fragilidade emocional de Jair Bolsonaro (PL), sem discussão prévia com a base política ou com setores do Centrão.

A separação entre Bolsonaro e seus filhos

Malafaia fez questão de separar a imagem do ex-mandatário da de seus familiares. “Uma coisa é Bolsonaro, outra coisa são os filhos e a mulher. Isso aqui não é herança de negócio de família”, declarou, ao rejeitar a ideia de sucessão baseada em vínculos familiares. A afirmação evidencia o desconforto de parte da direita com a tentativa de manter o protagonismo político restrito ao núcleo familiar do ex-mandatário.

Tarcísio como alternativa eleitoral

Para Malafaia, o nome mais capaz de unificar a direita e enfrentar o governo federal é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para ele, Tarcísio teria maior capacidade de diálogo e de construção de alianças, sobretudo junto a setores mais ao centro do espectro político. Ele também defende que uma eventual chapa com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na vice-presidência poderia ampliar o alcance eleitoral e fortalecer a candidatura.

O papel do centrão e a disputa interna

As declarações do pastor expõem um racha entre o chamado bolsonarismo de perfil familiar e uma ala da direita que defende pragmatismo e aproximação com o centrão. Analistas apontam que, sem a transferência direta do capital político de Jair Bolsonaro, nomes como Tarcísio enfrentariam dificuldades para consolidar votos próprios.

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