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"Oposição obedece a um presidiário por interesses eleitorais", critica Amoêdo

Ex-presidente do partido Novo critica aprovação do PL da Dosimetria pela Câmara: “cabe ao Senado reverter essa vergonha”

João Amoêdo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

247 - O ex-presidente do partido Novo João Amoêdo acusou a oposição de agir por interesses eleitorais ao apoiar o projeto que reduz penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A reação foi publicada nesta quarta-feira (10) e motivada pela aprovação do texto-base do chamado PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados.

Amoêdo fez referência direta à influência da família Bolsonaro sobre o tema ao afirmar na postagem que “mais uma vez, assistimos a uma oposição fraca, sem coragem e que obedece a um presidiário por interesses eleitorais”. Segundo ele, “movidos pelo oportunismo, 291 deputados cederam à chantagem da família Bolsonaro e aprovaram a impunidade para quem tentou subverter o Estado de Direito, um crime gravíssimo”. O empresário acrescentou que “cabe ao Senado reverter essa vergonha”.

A votação ocorreu na madrugada desta quarta-feira, quando o plenário aprovou, por 291 votos a 148, o substitutivo apresentado pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ao PL 2162/23, originalmente proposto por Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e outros parlamentares. A proposta altera a forma de cálculo das penas aplicadas a crimes de tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O texto determina que, quando esses crimes ocorrerem no mesmo contexto, apenas a punição mais grave deverá ser aplicada — e não a soma das penas, como ocorre atualmente. A medida reduz de forma significativa o tempo de prisão dos condenados pela tentativa de golpe, incluindo Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da antiga cúpula militar e ministerial.

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