Planalto quer sabatina de Messias no Senado até março
Governo busca acelerar análise da indicação de Jorge Messias ao STF antes do auge das articulações eleitorais de 2026
247 - Após o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), cancelar a sabatina que estava marcada para 10 de dezembro, integrantes do Palácio do Planalto avaliam que a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) tende a ser votada apenas em 2026. Mesmo assim, auxiliares do presidente Lula trabalham com a meta de que a sabatina ocorra até março do próximo ano, para não se misturar com o calendário eleitoral. As informações são do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.
De acordo com a avaliação de interlocutores do Planalto, março seria o período considerado mais adequado para a sabatina por dois motivos principais: ainda haveria espaço para articulação política antes do acirramento das eleições gerais de outubro e o governo teria tempo para intensificar o diálogo com senadores, incluindo o próprio Alcolumbre, em busca de votos suficientes para aprovar Messias no plenário.
Nos bastidores, o advogado-geral da União tem percorrido gabinetes no Senado para consolidar apoios à sua indicação ao Supremo. Paralelamente, Lula também tem atuado pessoalmente nessa costura política, reforçando a importância da sabatina e da votação ainda no primeiro trimestre do próximo ano.
Como já havia sido antecipado pela coluna, o presidente se reuniu na segunda-feira (1º) com o senador Otto Alencar (PSD-BA), que comanda a CCJ, colegiado responsável por realizar a sabatina formal do indicado ao STF. A conversa no Planalto tratou diretamente da tramitação do nome de Jorge Messias e do ambiente político na comissão.
Segundo o próprio Otto Alencar, a previsão é de que a CCJ só se debruce sobre a indicação de Messias no próximo ano, o que reforça, dentro do governo, a avaliação de que o mês de março será decisivo para o desfecho da nomeação ao Supremo.



