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“Queremos segurança pública, mas não podemos bater palma para 121 corpos negros assassinados”, diz Edinho Silva

Presidente do PT rejeitou chacinas e defendeu políticas que vão desde a adoção de tecnologias avançadas, de "asfixia financeira" até programas sociais

São Paulo (SP) - 20/08/2025 - O presidente do PT, Edinho Silva (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

247 - O presidente nacional do PT, Edinho Silva, defendeu nesta segunda-feira (1º) que o partido elabore um plano de atuação para a segurança pública baseado em diretrizes “socialistas” e de direitos humanos, capaz de disputar o senso comum.

Ele também rejeitou a ideia de que a legenda deva apenas acompanhar a opinião pública, afirmando que o debate precisa ser travado mesmo a partir de uma posição minoritária. "Não podemos bater palmas para 121 corpos negros mortos", frisou, ao discursar no "Seminário de Segurança Pública: o PT e a Segurança Pública", no Rio de Janeiro-RJ.

Edinho Silva destacou que o estado brasileiro falhou na questão do crime organizado, como no caso da Chacina Policial do Rio de 28 de Outubro, que deixou ao menos 121 mortos. 

Edinho Silva ainda defendeu políticas públicas que vão desde o uso de tecnologias avançadas e estratégias de “asfixia financeira” até a implementação de programas sociais. 

"O humanismo é central para a construção de um partido de esquerda... Portanto, cabe a nós construir uma política de segurança pública que tenha a nossa cara. Podemos perder hoje, mas estaremos no caminho certo, enfrentando o crime organizado de verdade, como na Carbono Oculto", disse, em referência a uma operação antifacção da Polícia Federal e da Receita Federal, deflagrada em agosto. 

De acordo com a direção nacional do partido, o seminário, realizado em parceria com a Fundação Perseu Abramo, tem como objetivo debater diagnósticos, experiências e propostas para a construção de uma nova política nacional de segurança pública, "que fortaleça a democracia, promova direitos, enfrente as violências e avance na construção de um novo modelo de governança para o setor”.

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